domingo, 28 de março de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 14



Capítulo 14

(Bella Swan)

Edward estendeu uma mão para mim, e eu a peguei hesitante. Ele me puxou para o seu peito e nós começamos a dançar no ritmo lento da música.

– Está se divertindo? – perguntou ele depois de um tempo.

– Ah... você sabe. Não sou muito de festas...

– Você parecia bem feliz com o Black...

– Edward, você tem certeza que não está com ciúmes? - perguntei brincando.

– Talvez eu esteja - disse ele, tão rápido que quase não ouvi.

– C-Como? – gaguejei, certa de que tinha imaginado ele falando aquilo.

Ele me olhou fundo nos olhos, e repetiu:

– Eu disse que talvez eu esteja com ciúmes.

Eu continuei olhando para ele, abismada, desejando que não estivesse sonhando.

– Bella, eu...

Ele aproximou seu rosto do meu, e tudo ao meu redor pareceu parar, só existia eu e ele ali; seus lábios tocaram os meus e eu levei as minhas mãos para os seus cabelos, querendo trazer ele para mais perto, quando de repente eu estava sozinha no meio da pista de dança e Edward, estava caminhando em direção a porta.

– Não foi isso que vi – murmurou uma voz familiar do meu lado, e encontrei Alice, com a testa franzida, encarando o ponto onde antes estava o Edward.

– O que você quer dizer? – perguntei meio abobada, ainda tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

– Minha visão. Eu vi vocês dois juntos numa festa que eu iria organizar, mas na minha visão o Edward não saia correndo. Vocês continuavam aqui.

– Vai ver ele mudou de opinião. Descobriu que na verdade só gosta de mim como a irmãzinha dele.

– Não. Ele te ama. Eu sei isso.

– Alice, como você pode ter tanta certeza? Quer dizer, eu cresci aqui... Devia amar todos vocês como meus irmãos... ou tios, como os chamava quando era mais nova.

– Bella, você sabia que nunca chamou o Edward de tio? – perguntou ela.

– Sério?

– Sim. Nós brincávamos que era porque ele não parecia um tio, mas eu sempre desconfiei que era porque você nunca viu ele como um tio... como um parente. Com vocês dois sempre foi diferente...

– Alice...

– Espera, deixa eu terminar. Sabe qual foi a sua primeira palavra? – Balancei a cabeça. – Eward. Eu juro. E, quando você ainda era bem pequenininha, e o Edward não gostava muito de você, parecia que inconscientemente você fazia de tudo para ficar perto dele. Mas daí você conquistou ele como todo o resto de nós...

– Alice...

– Quando você chegou aqui, eu tive uma visão. Do Edward com ciúmes de você. Depois de vocês dois juntos. E outra de você...

– Eu o quê? – Eu estava desesperada já.

– Você como uma vampira. Você e o Edward vampiros juntos.

Eu perdi o foco. Não via mais nada... Quantas mais visões ela estava escondendo de mim? E por que o Edward fugiu?

Eu estava perdida.

-

-

-

(Edward Cullen)

Eu sei que fui covarde. Eu sei que fui idiota. Mas eu tive que fugir... Eu não podia... Não era certo... Eu... Eu nem conseguia pensar direito.

Fui para o único lugar que consegui lembrar: meu quarto.

Eu me joguei na cama, tentando clarear a mente, mas era como se todos os pensamentos do mundo estivessem dentro dela (e eu conhecia a sensação) mas ainda assim não tivesse nada. Eu não ouvia nada de fora – nada. Todos os pensamentos eram meus, mas eu não conseguia entender nem um deles.

– Edward, tô te estranhando.

Pela primeira vez tive que olhar para ver quem tinha entrado no quarto, mas não fiquei surpreso quando vi o Emmett.

– Do que você está falando?

– Eu vi sua ceninha ali em baixo. Por que você fugiu como uma adolescente confusa, hein? A Bella tava ali, te esperando, e você simplesmente – puf! – desapareceu. Sério, achei que você fosse o mais velho aqui.

– Do que diabos você está falando, Emmett? – rosnei.

– Edward, você ama a Bella. Tá na sua cara. Acho que você sempre amou sabe, mas antes era amor fraternal e agora e amor... hã... amor? Só você precisa enxergar! Não pense tanto com a cabeça, sinta o que o coração lhe diz! Eu posso gostar muito de brincar e por vezes pensar que não penso, mas sei que as vezes temos que deixar o lado racional de parte e ouvir o coração... Ele nos dirá o caminho a seguir...

"Sério, Edward. Você tá muito lerdo mesmo... Nunca filosofei tanto... Eu tô te dando concelhos! Tem ideia do quando isso é raro? Qualé! E você ainda lê pensamentos!

– Eu não posso ler os dela! Ela tem 16 anos, Emmett! É muito...

– Nova? Não, ela não é nova. É um ano mais nova que você, tecnicamente.

– Você não está ajudando.

– Estou sim. Você acabou de admitir que está apaixonado pela Bella.

– Eu nunca disse isso!

– Mas também não negou.

Eu fiquei em silêncio, mas ouvia Emmett comemorando mentalmente.

– Vai negar?

– Não vou responder.

– Ha! Eu sabia! A Jasper me deve quinhentas pratas!

– Você apostou com o Jasper que eu estava apaixonado pela Bella?

– Sim... E, peraí, o que você disse?

Droga.

– Nada.

– Você admitiu. Ah!!!!!!!!!

– Emmett, você parece uma garotinha.

– E daí! Eu não ligo! Ele admitiu! Ele admitiu! Ele admitiu!

Ele começou uma espécie de dança da vitória, e eu tive que rir.

– Isso é um começo. Pelo menos você riu. Agora volta pra festa e vai...

– Não, eu... eu falo com ela depois.

– Como é que? – ele quase gritou.

– Eu só preciso de um tempo para pensar, ok.? Eu prometo que vou falar com ela... logo.

– Edward...

– Eu quero ficar sozinho Emmett.

Ele me olhou, mas acho que entendeu que eu precisava pensar, então se virou para sair.

– Ah, Emmett? – chamei e ele se virou. – Obrigado.

– Qualquer hora, Eddie. Qualquer hora.

Ele desceu as escadas rindo.

-

-

-

(Bella Swan)

O Edward não apareceu mais. A Alice me disse que ele estava no quarto, mas eu não queria falar com ele – não ainda.

Eu estava muito abalada pelo que ela tinha dito sobre mim quando criança.

Mais músicas vieram e foram... O Mike me convidou para dançar umas sete vezes, mas sorte que o Jacob estava do meu lado e ele podia ser amedrontador quando queria.

Pouco depois o Mike desistiu, e foi dançar com a Jessica, que não parecia nem um pouco triste.

– Vai me contar o que aconteceu ou não, criatura do céu? Nunca te vi tão quieta... – disse Jacob certa hora.

– Depois Jake. Me deixe pensar.

– Bela hora para pensar... Sabe, eu por acaso adoro essa música, mas não vou poder dançar porque você não quer dançar comigo.

– Eu já disse que cansei. Mas tem montes de garotas que ficariam maravilhadas se você as convidassem.

– É, só que elas são fúteis e só sabem falar de maquiagem e compras. Você acha que eu quero uma garota assim?

– Ok, então fique sentado emburrado aí pelo resto da noite.

– É de mim que estamos falando, certo?

– Cala a boca, Jake. Só não te bato porque não vai adiantar em nada.

Ele riu e passou o braço pelo meu ombro.

– Ok., então que tal você me contar o que aconteceu?

– Jake, vai ver se eu tô na esquina.

– Você tá bem aqui...

– Quer que eu seja mais exata? Vai tomar no...

– Hey Bellinha! – Emmett me interrompeu (graças a Deus. Odeio palavrão).

– Fala, Emmett.

– Tem um cara emburrado no quarto em frente ao seu. Não quer ir lá?

– Não – respondi, e Jacob sorriu.

– Ah, então é isso? – perguntou ele.

– É – respondeu Emmett.

– Bella, você devia estar feliz!

– Jake...

– Quer dizer, vocês finalmente vão se...

– Mais uma palavra e nunca mais falo com você, eu juro!

– Cuidado, Jake. Quando a Bella tá irritada, ela sabe ser bem mimada... Claro que parte da culpa dessa é nossa...

– Ah, obrigado, Emmett. Vou tomar cuidado então. Sabe, eu vi uma garota bem bonita ali e acho que...

Ele se levantou num pulo falso demais e correu para fora, para um canto onde não havia uma garota sequer...

– Então, você vai ou não?

– Depois.

– Estranho... Ele disse a mesma coisa... – resmungou ele, mas acho que não era para eu ouvir. E logo depois ele não estava mais lá.

Eu continuei sentada por mais alguns minutos, e então Alice anunciou que a festa estava no fim e que todos deviam ir para casa.

O pessoal resmungou um pouco, mas meia hora depois só sobrou a família em casa.

– Vá dormir, Bella. Nós vamos ajeitar tudo aqui – disse Carlisle, e eu não pensei duas vezes antes de obedecer.

– Ei, alguém viu o Edward? – escutei Esme perguntar quando estava subindo, mas não parei para ouvir o resto.

Ao chegar no quarto, me joguei na cama sem nem trocar de roupa – que por sinal era a mesma do dia inteiro. Não que eu ligasse.

Eu imaginava que ia dormir imediatamente, cansada como estava, mas o sono não veio. Eu me revirei na cama, e nada. Me virei de novo, mas continuava acordada.

Então escutei uma música baixa, familiar... Eu sabia que devia lembrar de onde vinha aquela música, mas não conseguia... Minha mente estava falhando... então me perdi na inconsciência.

-

-

-

(Edward Cullen)

Eu escutei Bella se debatendo na cama no quarto ao lado, mas disse a mim mesmo que não iria vê-la. Ela precisava de tempo para me perdoar, porque por mais que o Emmett dissesse, eu duvidava que Bella gostasse de mim mais do que como um irmão.

Ela continuou se debatendo, então desci as escadas e fui ao piano, tocando silenciosamente para que ela se acalmasse. Eu sabia que ela amava aquela música... Eu sempre tocava para ela, desde pequena, e sempre a acalmava.

Também, era a música dela.

Pouco depois ouvi sua respiração ficar mais lenta e calma e soube que ela estava dormindo.

Os outros tinham saído, por ordem de Alice (eu fingi não ouvi-la gritando comigo pela mente antes de perdemos contado), então não vi problemas em ir ao quarto de Bella para vê-la dormir. Desde quando ela era pequena eu gostava de fazer isso – e de ouvi-la falar.

Acho que nunca contara à ela, mas ela falava dormindo, e é muito interessante.

Entrei no quarto sem fazer barulho nenhum, e me sentei a uma cadeira que havia num canto.

Levaram uns 10 minutos para ela abrir a boca.

– Não... Não...

Eu esperava que ela não estivesse sonhando com a hora que a beijei.

– Volte aqui... Volte...

Eu franzi a testa. O que diabos ela estava sonhando?

– Edward, não... venha aqui... eu te amo...

Eu congelei, e se meu coração ainda batesse ele teria parado de vez. Ela estava sim sonhando com o nosso beijo, na hora que eu fui embora... Mas não era possível que ela me amasse... Não, não era...

– Por favor, Edward... Não me deixe...

Eu percebi que estava ajoelhado ao seu lado quando ela se mexeu e esticou a mão, quase me alcançando...

– Fique – disse ela com aquela voz mandona que eu tanto gostava. E eu ia ficar. Se ela quisesse.

Ela ficou alguns minutos em silêncio então, mas daí suas pálpebras começaram a se mexer e sua respiração acelerou. Ela estava acordando.

Eu me levantei, e estava caminhando para a porta quando percebi que não teria tempo. Ela acordaria com o barulho da porta, não importava quão silencioso eu fosse.

Então pulei a janela.

-

-

-

(Bella Swan)

Até nos meus sonhos eu revivia aquele momento. Eu repeti as palavras dele na minha mente, e então quando nossas bocas se encontraram...

Eu estava desesperada, no meio da pista, procurando por ele, como sabia que ficaria se Alice não tivesse aparecido.

Eu podia me sentir acordado... algo me dizia que eu devia acordar... era importante... e eu sentia um hálito frio ao meu lado – mas devia ser minha imaginação.

Mas quando abri os olhos, vi uma sombra saltando da janela.

Eu corri para fora da cama e desci as escadas – algo me dizia que eu tinha de descer, como se minha vida dependesse disso.

Eu cheguei à sala e ouvi um barulho de carro na garagem. Cheguei a tempo de ver o Volvo saindo noite a fora.

Peguei meu carro, pela primeira vez feliz por ele ser rápido, e saí atrás da sombra prateada, que logo desapareceu.

Alguns pingos começaram a cair no vidro. Ah, muito obrigada. Tudo o que eu precisava. Mal consigo dirigir rápido em dias normais...

Logo a chuva virou tempestade, e eu não conseguia ver nada a frente do carro. Eu estava perdida.

Diminui a velocidade, tentando descobrir como voltar para casa. Eu podia esperar ele lá... Ele teria que voltar alguma hora.

Acabei numa estrada deserta, a borda da floresta, mas reconheci o lugar.

"Bem, eu precisava pensar, e tinha que ser num lugar onde ninguém me incomodasse."

Seria possível que ele estivesse ali?

Eu caminhei pela floresta, certa de que iria me perder, mas algo parecia me guiar. Eu sabia exatamente que caminho seguir.

Já estava encharcada quando vi um lugar aberto a minha frente, e corri para ele. Era a clareira.

Ele estava lá, sentado encostado a uma árvore, de olhos fechados, e as gotas de chuva em seus rosto faziam parecer que ele estava chorando.

Eu caminhei até lá, mas a chuva estava forte o bastante para encobrir o meus passos.

Estava quase ao seu lado quando ele abriu os olhos.

– Bella? – disse ele, surpreso.

– Dá pra me explicar o que está acontecendo? – Me sentei ao seu lado.

– Eu não sei o que fazer.

– Bom, eu sei.

Ele me olhou, e eu respirei fundo, tomando coragem.

– Você vai dizer que foi um erro. – Olhei para frente. – Que foi tomado pelo calor do momento. Que eu devo esquecer. Mas eu não quero esquecer. Eu... Foi mágico. Inesquecível. E eu não me importo com o que você pensa, mas eu sei o que eu penso e sinto, e eu sei que estou apaixonada por você.

Escutei ele respirando pesado ao meu lado, e então ele segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos.

– Eu sou perigoso – murmurou ele, e eu podia sentir seu olhar no meu rosto, mas eu ainda estava olhando para a frente.

– Eu vivo com vampiros. Não é mais perigoso que isso.

– Eu posso... não, eu vou te machucar.

– O que mudaria agora? Você nunca me machucou, Edward. Você... – Eu fechei os olhos. – Você sempre foi perfeito.

– Vão estranhar.

– Eu não ligo.

– Bella...

– Minha primeira palavra foi seu nome. Eu acho que isso quer dizer alguma coisa.

Eu abri os olhos e o olhei firme, com uma coragem que nunca descobri de onde veio.

– Bella... eu...

– Você não tem mais desculpas.

Ele sorriu torto.

– Eu não ia dar uma desculpa.

Eu levantei as sobrancelhas, e ele se aproximou, até que seu rosto estava a milímetros do meu.

– Eu ia dizer que...

Ele parou, fechou os olhos e então os abriu novamente.

– … que eu te amo.

Eu senti meu coração acelerar no peito, e então ele parou por um segundo quando ele me beijou.

Éramos só nós lá, eu, ele, no nosso mundinho.

E eu passei a definitivamente amar a chuva.


Fanfic: Baby Bella - Capítulo 13



Oi gente!
Hoje eu vou adiantar 1 capítulo, por que semana que vem não vou poder postar aqui, então será capítulo 13 e 14 okay?
boa leitura a todos ;*

Capítulo 13

Uma semana depois

(Bella Swan)

– Alice, eu estou confusa – murmurei ao me sentar na cama da minha melhor amiga.

– Diga, Bella – disse ela, sorrindo daquele jeito de fada de sempre.

– Mas você já sabe!

– Diga. Vai fazer bem. Você precisa organizar seus pensamentos... Talvez eu devesse te dar um diário...

– Alice!

– Ah, desculpa. Esqueci que você quer aproveitar que os outros foram caçar para falar comigo. Bom, pode dizer.

– Bem... Você sabe que eu passo um tempão com o Jake, né? E por causa disso o Edward tá... não sei, mas parece que ele está me evitando. Já é a terceira vez que ele sai para caçar só nesta semana, e eu posso não ser uma vampira, mas eu sei que vocês não precisam caçar tanto assim... E eu acho que o Jake tá gostando de mim, sabe?, mas eu não sei se gosto dele assim... Ele é divertido, simpático... mas é como se algo me impedisse... Eu só não sei o que é esse algo... Ah, você sabe o resto. Me ajuda, vai!

– Bella, eu não posso te ajudar nisso. – Eu fiz uma carranca. – Bella, eu vejo o futuro, não construo ele.

– Então me diga o que você vê! Eu sei que você mostrou uma das suas visões para o Edward, que ele quase deixou escapar esses dias...

Eddie, no que você tá pensando tanto? – perguntei, vendo que ele estava distante.

Numa visão que a Alice me... Não é nada. Vamos voltar para a Segunda Guerra.

– Ele estava pensando nisso? – Alice pareceu radiante.

– Sim. Mas o que isso...

– Eu não acredito. Ele realmente estava pensando nisso! Como eu não previ! Acho que no final tudo vai ficar bem! Ah, eu...

– ALICE!

– Ah, desculpe Bella. Me empolguei.

– Percebe-se.

– Mas, então, o que...

– Pode parar. O que era essa visão para você ficar tão animada?

– Ele vai me comprar um carro novo de Natal – disse ela depressa.

– Ah, vai nada. Eu sei o que ele vai te dar Natal, assim como você, e não tem nada a ver com automóveis. Me diz, vai!

– Não, Bella. Se ela acontecer, eu te digo. Mas agora não. Pode influenciar o futuro, e ele pode nunca acontecer.

– Mas Alice!

– Não, Bella. Eu não vou dizer. Agora, vamos voltar ao caso Bella-Jacob.

– Não tem nenhum caso Bella-Jacob! Isso não existe! Nós somos só amigos! Quer dizer, eu conheço o Jake a uma semana, mas é como se ele fosse meu melhor amigo e...

– Eu achava que o Edward era seu melhor amigo.

– Ele era... Não, ele é.... Eu tenho dois melhores amigos.

– Bella...

Eu bufei.

– Você só está me confundindo mais! Como que eu vou poder diferenciar os dois? Melhor amigo um e melhor amigo dois? Isso não vai funcionar! Que tal melhor amigo de infância e melhor amigo de adolescência? Isso pode funcionar também e...

Só então percebi que Alice não estava mais me escutando. Seus olhos estavam vidrados e ela estava rígida. Ela estava tendo uma visão.

Um sorriso apareceu nos seus lábios conforme a visão acontecia, e quando ela voltou a sim – juro por Deus, nunca a vi tão feliz. Nunca.

– Eu. Não. Acredito! – Ela levantou da cama, pulando.

– Alice! Que foi? Vamos ganhar na loteria?

– Nada disso! É... É esplendido! Maravilhoso! Perfeito! Magnífico! Extraordiná...

– Alice, eu sei que você é um dicionário ambulante, mas já deu para entender que o que vai acontecer é ótimo. Agora, o que é?

– Nana-nina-não! Não vou contar! Agora, que tal você convidar o Edward para um passeio? Eu tenho coisas para fazer!

– Alice, o que...

Mas ela já tinha me expulsado do quarto.

-

-

-

(Edward Cullen)

Alice vai aprontar alguma coisa. Não sei por quê, mas isso era tudo no que eu pensava durante a caçada. Uma pequena parte de mim sabia que eu pensava nisso para me impedir de pensar naquela outra coisa, que estava me incomodando desde a festa a fantasia que teve no colégio e aquele índio apareceu e roubou a Bella de mim. Mas eu prometi a mim mesmo que não ia pensar nisso, e vou cumprir minha promessa.

Quando todos estávamos bem alimentados voltamos para casa, e encontramos Bella sentada na frente de casa, lendo um livro, entediada.

– Querida, o que aconteceu? – perguntou Esme.

– Ah, a Alice me expulsou de casa. Ela disse que não posso entrar até às nove horas. Nem o Edward.

– O quê? – perguntei, procurando a mente de Alice, mas ela estava muito ocupada cantando Bad Romance, da Lady Gaga, para pensar no porque de me expulsar da minha própria casa.

– É, mas os outros podem entrar tranquilamente, desde que nós dois estejamos a... como ela disse? Ah, sim. "Uma distância segura para que o Edward não possa dar uma de metido como sempre e leia a mente de qualquer um, estragando a minha maravilhosa surpresa."

– E ela te deixou aqui para fora?

– É. E me deu um livro. E disse que se eu tentar entrar ela vai me obrigar a viajar para Paris com ela e nos levar a uma das lojas que ela tanto gosta. É claro que eu fiquei aqui fora.

– Ela não pode fazer isso...

– Jasper! – cantarolou Alice lá de dentro, que soou mais como uma "Ja-as-per". Agora ela cantava 3, da Britney Spers. Eu nunca entendi o gosto musical dela.

– Acho que é melhor entrarmos, e ver o que ela está aprontando. Edward, você se importa?

Meu olhar cruzou o de Bella, e eu soube imediatamente que ela estava magoada comigo. Claro, eu vinha fugindo dela a semana inteira. Seria estranho se não estivesse.

– Quer dar uma volta? – perguntei gentilmente, planejando explicar o porquê do meu comportamento. Claro, primeiro eu teria de entendê-lo por mim mesmo, mas depois eu explicaria para ela.

– Claro. – Ela fechou o livro, deixando na escada, e me seguiu até a garagem.

– Vamos, eu vou te mostrar um lugar.

-

-

-

Parei na frente da floresta alguns minutos depois.

– Sério, eu não entendo essa sua obsessão por alta velocidade – sibilou Bella.

– É coisa de vampiro.

– Pois eu não vejo problema nenhum em obedecer as leis de trânsito.

– Vamos, Bella. Essa deve ser a... trigésima vez que discutimos isso.

– Tá, mas eu ainda continuo achando que você não iria morrer se dirigisse a 60km/h como todo ser humano normal.

– Acontece que eu não sou um ser humano, Bella.

Ela bufou, e saiu do carro. Eu a segui.

– Tá, posso saber por que você me trouxe para uma floresta, sendo que temos uma há poucos metros da porta da frente?

Ok, ela estava estressada. Era melhor ir com calma.

– O que eu quero lhe mostrar está dentro da floresta, Bella.

– Ah, é claro. Então, vamos seguir a trilha?

– Não.

– Então como...

– Só segure firme.

Eu a coloquei nas minhas costas, e comecei a correr. Bella escondeu o rosto no meu pescoço, como costumava fazer quando era pequena e nós brincávamos desta forma. Em poucos minutos chegamos a minha clareira.

– Pronto, Bella.

Ela soltou-se devagar, e percebi que ela tremia.

– O que foi?

– Você não faz isso comigo desde que eu tinha doze anos – murmurou ela, e percebi que tentava esconder um sorriso.

– Bom, você é um pouco lerda andando. E eu queria chegar logo.

– Bobo. – Ela bateu de leve no meu braço, provavelmente para não quebrar a mão, e então olhou a nossa volta. – Uau!

– Gostou?

– É... Maravilhosa!

– É aqui que eu venho... quando sumo às vezes.

– Quando diz que vai caçar?

– Bem... É.

– Eu estranhei, sabe... Eu convivo com vampiros há 16 anos, e nunca tinha ouvido falar que vocês precisavam caçar três vezes por semana...

Ela se sentou, olhando para mim, e me sentei ao lado dela.

– Bem, eu precisava pensar, e tinha que ser num lugar onde ninguém me incomodasse.

– Um lugar onde ninguém o incomodasse? – repetiu ela, erguendo as sobrancelhas. – Você não quer dizer um lugar onde certo alguém não o incomodasse?

Eu fiquei surpreso. Bella não era de falar assim. Ela devia realmente estar irritada comigo.

– Isso não tem nada a ver, Bella – murmurei, olhando para a frente.

– Por que você não gosta do Jake?

– Quem disse que eu não gosto do Black?

– Edward... Tá na sua cara.

Droga.

– Bem, é que eu não tenho uma sensação boa. Já te contei o que eu acho do pessoal de La Push...

– O Jake não acredita nessas coisas!

– Como você sabe?

– Bem... Ah...

– Você não perguntou. Talvez ele acredite, talvez não. Mas prefiro não arriscar.

– Mas como eu poderia perguntar? "Ei, Jake, sabe, eu estava pensando. Você acredita nessas lendas sobre vampiros e lobisomens que eles contam na sua tribo? É que eu moro com vampiros, e prefiro que você não odeio eles, ok?"

– Bella, pare de falar bobagem. É só que eu não confio nele. E se ele virar um lobisomem perto de você?

– Quais as chances dele ser um deles, hein?

– Muitas.

Essa não era a resposta que ela esperava, obviamente. Tanto é que ficou me encarando por um bom tempo, talvez tentando descobrir se eu estava falando a verdade ou somente estava irritado.

– Você nunca mente para mim, não é? – perguntou ela, e eu assenti. – Essa é a única razão para você não gostar do Jacob?

Ela mordeu o lábio, mas eu vi isso pela minha visão periférica. Eu não queria estar olhando para ela quando disse:

– Sim, é.

E eu sabia que era a mentira mais deslavada que eu já tinha contado em toda a minha vida.

-

-

-

(Bella Swan)

Eu admito: tinha esperanças. Tinha esperanças de que o Edward estivesse com ciúmes. Tinha esperanças que ele gostasse de mim não como a irmãzinha mais nova dele, mas como uma mulher, uma mulher que ele pudesse amar.

Como sempre, eu estava errada.

Nós não nos falamos no caminho de volta para casa, cada um perdido nos seus próprios pensamentos. Eu não sabia o que o Edward estava pensando (o leitor de mentes aqui era ele) mas eu estava tentando imaginar outras respostas que ele poderia ter dado para aquela pergunta.

– Não, Bella. Não é. Eu odeio ele porque você passa tanto tempo com ele. Eu queria que você só ficasse comigo, só amasse a mim. – Então ele me beijaria e eu diria que também amava ele.

Porque sim, eu amava o Edward. Oh, como amava. Acho que sempre amei, mas nunca tinha percebido. Acho que sempre soube que ele seria o cara para mim. Eu só queria também ser a garota certa que ele estava esperando.

Alice – Edward praticamente rosnou ao estacionar o carro, e eu o olhei, intrigada.

– O que foi? – perguntei quando ele não me olhou para ver minha confusão.

– Ela resolveu dar uma festa.

– Ela O QUÊ?

– Isso mesmo. Metade de Forks está na sala de estar agora, dançando música eletrônica. E alguns de La Push também.

Ele franziu os lábios, e eu sabia que ele queria dizer Jacob.

– Você poderia matar a Alice por mim? Eu não sou tão forte.

– Ela iria prever. Temos de pensar num plano. Por enquanto, aproveite a festa.

– Você não vem?

– Talvez.

Ele não aparentava ter vontade de sair do carro, mas eu queria ter uma conversa séria com uma certa vampira, então segui para dentro de casa. Alice estava na cozinha, sentada à mesa, tentando sem sucesso esconder um sorriso.

– Pode ir se explicando – exigi, cruzando os braços.

– Ah, não. Primeiro a festa. Depois explicação. Vá. O Jacob quer te ver.

Eu levantei as sobrancelhas, mas ela apenas sorriu. Resolvi ver o que ela queria dizer.

Jake estava sentado num dos nossos sofás, juntos com um garoto que reconheci como Quil, um amigo dele de La Push. Eles estavam claramente desconfortáveis.

– Hey Jake! – cumprimentei, me sentando ao seu lado.

– Ah, apareceu. – Ele sorriu, e Quil se levantou, indo atrás de comida.

– Então, como foi o passeio? – perguntou Jake.

– Tranquilo. A Alice só nos queria fora de casa.

– Por que isso?

– Ela sabe da minha aversão à festas.

– Ah, claro. Devia ter imaginado. Você não iria permitir. Mas eu estou curioso. Por que essa festa do nada?

– Essa é uma ótima pergunta, Jake. A Alice deve ter decidido hoje, se não o Edward teria... hã, teria adivinhado. – Quase falara que ele teria lido na mente dela. Droga. Quando estava com o Jake, sempre falava as coisas sem pensar.

– Bom, ela fez um bom trabalho. Acho que toda a cidade está aqui.

– Ela sabe conseguir as coisas quando quer.

– É, já percebi. Então, quer dançar?

– Ah... Eu não sei dançar.

– Ah, vamos. – Ele me puxou para a pista de dança, sem meu consentimento, e me "obrigou" a dançar com ele. Era até vergonhoso. Ambos éramos péssimos dançarinos, e Jéssica – uma garota da minha turma do colégio – estava dando um show (como Emmett diria) com o Mike.

– Sabe, eu estava pensando, Bella... Você já percebeu que sua família tem uma tendência a... hã... ficar junta?

– C-Como? – gaguejei, apesar de ter entendi exatamente o que ele tinha dito.

– Você entendeu. Todos são adotados, mas a Alice está com o Jasper, e a Rosalie com o Emmett... Você já pensou que talvez...

– Nem pense nisso – quase rosnei. Ele não podia terminar esse pensamento. Ele me perguntaria o que eu estava temendo, e o Edward leria a mente dele. Eu não podia deixar.

– Não te entendo. – Ela balançou a cabeça. – Tá na cara que...

– Se importa? – perguntou uma voz de veludo ao nosso lado, e Edward estava lá, sorrindo, estendendo a mão para mim.

Eu aceitei.


sábado, 20 de março de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 12


Oi gente!
Mil perdões pelo atraso, era para ter passado aqui no ultimo final de semana, mais não tive como, então vai agora mesmo xD
boa leitura a todos ;*



Capítulo 12

Bella: oito anos

(Edward Cullen)

Eu tinha acabado de sair para caçar, com Alice, quando ela teve uma visão, desta vez sem conseguir esconder de mim.

Uma sala de aula. A professora mostra imagens de várias pessoas, mas não são propriamente seres humanos. Eles são brancos como mármore, e estão imóveis, mas seus olhos são vermelho e, apesar de parecerem estar sorrindo, na verdade o que se vê são presas brancas brilhante, com sangue escorrendo queixo abaixo.

Esses, turma, são vampiros. São seres místicos que o homem inventou para divertir e assustar pessoas de todas as idades. Segundo a lenda, eles se alimentam de sangue humano, morrem a luz do Sol e tem pavor a alho e estacas de madeira. São muito perigosos, e adoram matar.

"Agora, esses são... Sim, Bella?"

Nem todos os vampiros são ruins. Eles também podem ter olhos dourados, serem lindos e se alimentarem de animais.

Ah, tudo bem querida.

Eu estou falando sério, professora. Eu conheço alguns.

Hum... Claro querida. Agora, se vocês puderem prestar atenção aqui, poderão ver alguns exemplos dos ditos inimigos dos vampiros, os lobisomens...

Bella bufa quando a professora a ignora, e se apoia na mesa, sem realmente prestar atenção na explicação da professora sobre os humanos que supostamente se transformam em lobos na lua cheia...

– Como ela sabe? – perguntou Alice assim que a visão terminou. – Nunca usamos a palavra "vampiro" para dizer o que somos. Só dissemos que éramos diferentes.

– Será que ninguém nunca deixou escapar...

– Não que eu saiba. E acho que ela contaria para nós... Ou para você.

– Mas será que ela adivinhou sozinha? Não acha isso meio improvável?

– Acho, mas a Bella é esperta. Lembra que a professora falou que é a mais inteligente da turma?

– Acho que a convivência com vampiros ajudou um pouco...

– Talvez vez... – Alice riu um pouco, e então saiu correndo atrás de um cervo. Fazia Sol hoje, e não tínhamos ido para a escola, mas ficamos por perto para poder buscar a Bella quando acabasse a aula dela.

– Acho melhor você conversar com a Bella, Edward... Explicar para ela...

– Não sei, Alice. Lembra quando contamos para ela aquela vez? Ela ficou um dia trancada no quarto e quando saiu agiu como se estivesse tudo bem... E sempre que a gente comentava alguma coisa, ela mudava de assunto... E ela tinha 7 anos! Já faz mais de um ano... Eu achava que a essa hora ela já teria perguntado alguma coisa, mas nada...

– Você realmente não se conforma não poder ler a mente dela?

– Sinceramente, não. É frustante! Eu queria saber o que passa naquela cabecinha... Quer dizer, primeiro, por que eu não posso? Eu achava que era alguma coisa de criança, mas eu posso ler a mente do Chris e da Sam quando eles vêm aqui perfeitamente... E depois... Ah, é frustante não saber o que ela pensa.

– Eu sei Edward... Mas quem sabe tem um fundo nesse tudo? – disse Alice com o tom superior que eu tanto odiava e que ela amava usar quando falava de suas visões bloqueadas...

– Walk Away, Alice? Essa já tá velha...

– Ah, cale a boca. Não sou eu quem gosta de músicas de mil anos atrás.

– Eu não acho que existiam músicas inteligíveis nessa época....

Ela bateu no meu braço e saiu correndo para casa, e fui atrás dela. Estava na hora de buscar Bella.

-

-

-

– Pessoal, venham para a sala. Precisamos conversar – disse Carlisle assim que chegamos em casa depois de pegar Bella na escola.

– Que foi, Carlisle? – perguntou Emmett.

– Nós precisamos decidir alguma coisas – começou ele quando nos sentamos na sala. E eu queria tanto conversar com Bella... – Já faz algum tempo que estamos aqui, e já acham que tenho 32 anos, sendo que terei eternamente 23...

– Vamos nos mudar de novo, então? – perguntou Rosalie, já se irritando. – Mas eu estou no último ano da escola! Não quero entrar no segundo de novo!

– Vamos, Rose... Isso sempre acontece e você sempre discute o mesmo assunto...

– Mas por que não podemos ficar pelo menos mais um ano? Assim eu posso ir para a faculdade! Já faz uns 10 anos que não vou para uma faculdade...

– Bom, então você e o Emmett podem ir para a faculdade, e nós nos mudamos. O que acha?

– Emm?

– Por mim tudo bem. Tem um curso novo de Educação Física em Dartmouth... Podemos ir pra lá.

– Tudo bem então. Ficamos mais alguns meses, e daí vocês vão para a faculdade, o Jasper diz que vai também mas pode ir com gente para a outra cidade e...

– Pai? – chamou Bella.

– Sim, querida?

– Nós vamos nos mudar?

– Sim.

– Mas e o Chris e a Sam?

Edward, é com você, pensou ele.

– Muito obrigado – murmurei baixo demais para que Bella ouvisse, e então acrescentei em voz alta: – Eles podem nos visitar, Bella, e você pode vir visitar eles. Eu venho junto, se quiser.

– Mas eles não vão estranhar que você não envelheça?

– Eu posso maquiar o Edward – sugeriu Alice, e eu a encarei incrédulo. – Ou eu posso vir, maquiada – acrescentou rapidamente.

– É, pode ser – murmurou Bella, mas eu podia sentir que ela estava triste mesmo sem o poder de Jasper.

– Você vai fazer novos amigos, querida, e vai se divertir um monte... E, além do mais, nós não vamos nos mudar agora. Só daqui alguns meses... – disse Esme, e Bella pareceu se animar um pouco com isso.

– Tá.

– Bom, agora temos que decidir para onde vamos... – comentou Alice, e eles começaram a falar rápido, passando uma lista de cidades onde já tínhamos estado e quantos anos tinham passado desde então...

– Vai ser bem chato... O que acha de fugirmos? – sussurrei para Bella, e ela sorriu.

– Eu adoraria.

Fui com ela para meu quarto enquanto eles discutiam entre Forks e Davenport. Chegando lá liguei o som, e Debussy começou a tocar.

– Eu adoro essa música! – disse Bella, rodopiando. Claro que isso fez com que ela caísse no chão. – Ai!

– Machucou? – perguntei tentando esconder o riso.

– Não – disse ela firme, tentando parecer durona.

– Que bom. – Sorri, e ela pareceu se soltar ao pular na cama onde eu já estava sentado. – Então, como foi na escola?

– Ah, foi boa...

– O que você aprendeu?

– Hoje a senhorita Johnson falou sobre seres místicos.

– Que seres?

– Sabe, aqueles dos contos de fadas que o tio Emmett e a tia Alice contam quando eu vou dormir... Fadas, bruxas, um tal de lobisotem...

– Lobisomem?

– É, isso. Ela também falou de gigantes, anões, que nem na Branca de Neve, sabe, aquela história que a tia Alice adora? De animais falantes, igual ao coelho de Alice no País das Maravilhas e Cinderela... Agora que eu pensei, por acaso a fera de a Bela e a Fera era um lobisorem?

– Lobisomem, Bella, e eu acho que não. Não lembro bem da história.

– Eu acho que ela. Ah, ela também falou de dragões, que nem aquela de a Bela Adormecida... Edward, todos os dragões são maus?

– Depende, Bella. Por quê?

– É que o dragão da Bela Adormecida é malvado... Já o Barney, que o tio Emmett tanto gosta, é bonzinho, e ele também é um dragão...

– Acho que todas as espécies tem seu lado bom e seu lado ruim.

– Os vampiros também? – sussurrou ela, olhando para suas mãos.

– Principalmente os vampiros.

– Vocês são vampiros, não é, Eddie?

– Como você descobriu, Bella?

– Esses dias, eu tava vendo TV com o tio Emmett, e ele perguntou se eu queria pipoca... Eu disse que sim, e então ele preparava, fiquei vendo os comerciais... E passou a propaganda de um filme com esses tais de vampiros... E a professora falou deles na aula hoje... Só que os dela tem um dentes enormes e pontudos, olhos vermelhos e ela disse que são maus. Mas você não é mau, Eddie... Nenhum de vocês é.

– Tudo tem o lado bom e o lado mau, Bella. Até os humanos.

– Como eu?

– É, como você.

– Mas eu não gosto de ser humana... Posso ser uma vampira também? – pediu ela, e congelei.

– C-Como?

– Eu quero ser uma vampira! Sou a única estranha aqui! E vocês fazem coisas tão legais, que nem naquela dia que o tio Jasper correu comigo nas costas deles, e parecia que a gente tava voando... também quando a mamãe tava limpando meu quarto e levantava os móveis com uma só mão... Eu também quero poder fazer isso!

– Hum... Bella, que tal a gente conversar sobre isso depois?

– Por quê?

– Você ainda é muito nova... Você não quer ficar com 8 anos para sempre, não é?

– Acho que não...

– Então me pergunte isso daqui... dez anos, que tal?

– Tá bom!

Ela levantou animada e saiu do meu quarto, e pela primeira vez, desde que Bella estava com a gente, fiquei feliz de ela ter saído.

Eu esperava por aquela pergunta, mas não tão cedo.

-

-

-

Bella: quase nove anos

– Pessoal, não podemos mais adiar. Semana que vem temos de nos mudar.

– Tem certeza, papai? – perguntou Bella.

– Sinto muito, querida, mas preciso que você entenda. Você ainda vai poder conversar com os seus amigos... Tem telefone, internet, cartas... tudo o que você quiser para falar com eles.

– Talvez possamos fazer até uma videoconferência! – disse Emmett animado, e é claro que Bella não entendeu.

– Tipo telefone, Bella, mas com imagem.

– Televisão?

– Perto disso.

– Pode ser!

– Então, está decidido. Partimos para Davenport amanhã.

-

-

-

Bella: dez anos.

– Sam! – exclamou Bella. – Chris!

Os dois correram porta adentro e abraçaram Bella, sorrindo. Alice parou ao meu lado, com os pais dos dois, também com um sorriso no rosto.

– Foi uma pena mesmo vocês terem tido que se mudar, queridos. Eles se gostam tanto! – disse a sra. Miller, mãe de Chris.

– É, mas era uma oferta muito boa para o nosso pai recusar – disse Alice.

– Eu sei, queridos... Bom, pelo menos eles têm esse final de semana para matar a saudade. Nós estamos num hotel a poucas quadras daqui, o que é uma sorte; vocês moram bem longe, não? Mas não nos importamos... O que importa são as crianças – disse sra. Miller.

– Querida, pare de tagarelar um pouco, por favor – pediu o sr. Miller, e todos rimos.

– É uma pena que a Lene e o Oliver não puderam vir... Eles iriam se divertir tanto! – Helena e Oliver Henrich são os pais de Sam.

– É, uma pena mesmo...

– Alicia! – exclamou Esme, entrando na sala sorrindo.

– Esme! Quanto tempo!

As duas se abraçaram e logo foram para a cozinha, conversando sobre filhos, compras, como os preços estão caros e essas coisas que as mulheres conversam quando se encontram.

– O Carlisle está no trabalho, crianças?

– Ele já deve estar chegando. Vai sair antes hoje.

– Por nós? Não era preciso...

– Imagine, Justin. Não é problema nenhum – disse Carlisle, entrando na sala, sorrindo.

Ele e o sr. Miller se cumprimentaram, menos escandalosos que Esme e sra. Miller, e seguiram para o escritório de Carlisle, para conversar em paz. Jasper, que teria que ficar escondido durante o final de semana por supostamente estar na faculdade estava em seu quarto, então tinha sobrado Alice e eu para cuidar de Bella e seus amigos.

– Então, o que vocês querem fazer? – perguntou Alice, alegre, para os três.

– Vamos brincar de esconde-esconde? – sugeriu Sam, e os dois logo concordaram. Percebendo que sobrávamos lá, Alice e eu ligamos a TV só para distrair e ficamos vendo Bella tentar achar seus amigos.

Era bom que eles tivessem vindo, já que ela tinha amigos próximos na nova escola... Agora que estavam mais velhos, era mais preconceituosos, e Bella, por ser tímida, tinha dificuldades em arranjar amigos.

Vanessa e Ellen era as mais próximas, mas ainda assim não era a mesma coisa que com Sam e Chris.

Talvez na próxima cidade...

-

-

-

Bella: onze anos.

– Eu desisto! – escutei Bella exclamar lá de baixo, e desci rápido para ver o que estava acontecendo. Ela estava fazendo lição de casa.

– Que foi, Bella?

– Matemática, esse é o problema. É horrível! Eu não entendo nada! Pra que eu tenho que saber tudo isso?

– Bella, você está aprendendo números naturais. É uma das partes mais fáceis da matemática.

– Mais fáceis? Nem quero ver quando for difícil. Acho que vou reprovar de ano.

– Bella, você tirou nota máxima em todas as provas desse ano.

– Mas com a prova desse assunto eu vou reprovar. Eu definitivamente não entendo porcentagem. – Bella tinha escutado Alice usar definitivamente esses dias, e agora usava em quase toda frase.

– Vem aqui. Vou ajudar.

Me sentei ao seu lado e tentei explicar para ela quão simples era porcentagem. Era tão fácil para mim!

– Você é um vampiro. É claro que vai ser fácil! Se eu fosse uma também...

– Qual foi o nosso trato?

Ela bufou.

– Sete anos é taaaaaaaanto tempo!

– Vamos, pare de reclamar ou eu vou chamar o Jasper para vir aqui te fazer dormir.

– Mas daí que não vou fazer a lição! E a professora vai ficar brava! Eu nunca deixei de fazer a lição!

– Então feche a boca e me escute. Olhe, é simples...

Depois de umas três horas ela finalmente entendeu porcentagem, e agora ficava dizendo que era a coisa mais simples do mundo.

– Como eu sou burra! Não consegui entender algo simples como isso! Nem vou chegar ao ensino médio assim.

Eu somente revirei os olhos e deixei-a reclamando consigo mesma. Toda tarefa de matemática era assim.

-

-

-

Bella: ainda onze anos.

Edward!, pensou Alice desesperada. Então ela me mostrou sua visão...

Uma turma de garotos altos está reunido numa rodinha, com três garotas no meio delas. Vanessa, Ellen e... Bella!

Eles vão se aproximando das três, o que parece o líder com uma expressão estranha no rosto...

Então vocês acham divertido rir de mim, é? Só porque eu não sabia aquela resposta... Vocês é que são piadas... – Ele começa a pular com a mão levantada. – Professora, eu sei, eu sei! – diz com uma voz fininha.

Sabe, acho que vamos ter que ensinar a vocês quem que manda aqui...

Eu não esperei para ver mais. Levantei a mão, disse que estava passando mal, e corri para fora da sala antes que o professor pudesse falar alguma coisa.

Cheguei na escola da Bella em meio minuto, e estava igual a visão: o círculo de garotos, um deles falando no meio...

– Sabe, acho que vamos ter que ensinar a vocês quem que manda aqui...

– Eu concordo – eu disse em voz alta, e eles se viraram para me olhar.

– Q-Quem é você? – perguntou o líder.

– Alguém que odeia valentões.

– De onde você veio?

– Não importa.

– O que vai fazer?

– Quer mesmo esperar para ver?

Eles se entreolharam e saíram correndo. Ouvi-os entrar no banheiro.

– Eddie! – Bella correu para mim e me abraçou. Retribui.

– Tudo bem, Bella, já passou...

Ela começou a chorar, soluçando, e eu a abracei mais forte.

– Lembre-se: eu sempre vou te proteger. Eu te amo.

– Eu também te amo, Eddie.

-

-

-

Bella: doze anos

– Ai como eu odeio o elementar! É tãããão chato! – exclamou Bella, e Jasper foi ajudá-la a estudar para a prova. Eu iria, mas ele estava tomando conta da situação. E era bom, já que eles não passavam muito tempo juntos.

– Hey, Eddie...

– Emmett, já disse para não me chamar assim!

– A Bella pode! – choramingou ele como uma criança birrenta. O que ficou muito estranho, com o seu porte de urso.

– Com a Bella é diferente. Agora, o que você quer?

– Diz que me ama!

– Pra?

– Porque a Rose se recusa a dizer isso!

– E por que ela se recusa?

– Não sei. Quem lê mentes aqui é você.

Eu procurei por Rosalie, mas ela estava discutindo moda com a Alice, então eu não iria conseguir descobrir nada.

– Por que você quer que eu diga que te amo, Emmett?

– Se você disser eu conto.

Tentei ler sua mente, mas ele dizia as mesmas palavras em mentes. Vai, diz, sei que está curioso, diz...

– Não vai dizer, eh? – disse ele depois de um tempo. – Tá bom, ninguém me ama, ninguém me quer, o que será de mim? – ele saiu gritando pela casa, e encarei a porta incrédulo quando o ouvi na cozinha: – Bella, diz que me ama!

– Por quê?

– Por favor! Eu preciso de um pouco de amor...

– Tá, eu te amo, Emmett, mas o que isso tema ver com...

"I love you

You love me

We're a happy family

With a great big hug and a kiss from me to you.

Won't you say you love me too?"

– Ah. Meu. Deus – disse junto com todos na casa.

– Emmett! Por favor? Barney!

– O que você tem contra o Barney, Bella?

– Bom, é música pra criança!

– Mas você é uma criança!

– Eu tenho doze anos! Não sou mais uma criança!

– Tá, tá. Vou cantar para o Edward então.

– GENTE, TÔ INDO CAÇAR! – gritei ao pular da janela e correr até o outro estado.

Bella: treze anos

(Bella Swan)

Eu, como qualquer humana (o que infelizmente sou), tenho minhas necessidades biológicas. Ir ao banheiro é uma delas.

O que eu nunca esperava era que meu xixi saísse vermelho!

– Mãe! – gritei quando descobri isso, sabendo exatamente o que significava. E nunca achei que ficar menstruada numa casa cheia de vampiros fosse uma boa ideia...

– Que foi Bella? – perguntou Esme, na porta do banheiro.

– Você não está sentindo nenhum cheiro diferente? – perguntei.

– Não, querida, por quê?

– Bom... É que eu menstruei...

– Ah, minha Bellinha está crescendo! Virou uma mocinha! Que emocionan...

– Mãe! Eu moro numa casa com vampiros, lembra? E... E tem sangue saindo de mim!

– Querida, o sangue da menstruação não nos afeta. É como sangue morto.

– Sério?

– É claro, querida. Se não, eles teriam problemas na escola toda vez que uma garota menstruasse, não é?

– Verdade... Então não tem problema?

– Não! Mas espere aí... Eu vou comprar absorventes para você!

– Não, mãe, espera... Mãe!

Ela já tinha ido embora.

-

-

-

Bella: quatorze anos

Edward Cullen

Alice entrou no quarto com uma cara estranha.

– Alice?

– Você não vai um de super protetor agora, vai?

– Do que você está falando?

– Um garoto na escola roubou um beijo da Bella, e a convidou para sair. Ela não sabe o que responder e vai te pedir ajuda. Ajude-a.

– UM GAROTO O QUÊ? – Eu não tinha escutado o resto.

– Lembra daquele idiota que você quase matou há quatro anos, porque ele estava implicando com a Bella e as amigas dela?

– Não foi ele...

– Sinto muito.

– AH EU VOU MATAR AQUELE FILHO DA...

– Edward, pelo amor de Deus! Ela já é uma adolescente! Era de se esperar que isso fosse acontecer.

– Mas não com aquele garoto.

– Bom, então faça a Bella enxergar que ele é um idiota. Mas não grite perto dela, por favor.

– Quando ela chega?

– O Carlisle vai passar buscá-la depois do hospital, do qual ele já saiu. Dez minutos, no máximo.

– Ótimo, eu falo com ela, e depois vou atrás desse garoto para ensinar que ninguém mexe com a minha Bella...

– Edward!

– Ah? – Eu tinha esquecido que Alice estava no quarto.

– O que você acabou de dizer? – Ela sorria radiante, e eu não conseguia entender isso.

– Ninguém mexe com a minha Bella?

– Ah!!! – Ela começou a gritar e pular pelo quarto, mas eu ainda não entendia.

– Devo chamar o Jasper?

– Não, só me responda: o que você quer dizer com minha Bella?

– Que ela é minha irmãzinha?

– Só isso?

– Bom, eu nunca considerei ela uma irmã, na verdade, como eu considero você e a Rosalie. Mas acho que é isso.

– Nada mais?

– Alice, que você quer dizer? – Tentei ler sua mente, mas ela estava animada demais para se concentrar em um pensamento só. Mas um escapou... – O que foi isso? – rosnei.

– Isso o quê? – perguntou ela com uma falsa expressão inocente.

– A visão.

– Que visão?

– Que você acabou de pensar.

– Qual delas?

– Alice...

– Qual delas?

– A da minha e da Bella.

– Eu já tive várias visões de vocês. Qual especificamente?

Eu sabia que ela estava se divertindo com isso.

– A que eu beijava a Bella – sibilei.

– Ah, essa... Pois é. Lembra quando a Bella veio para cá? Aquele dia que você deu piti...

– Eu não dei piti!

– Tá, que seja. Bom, quando você disse para o Carlisle: "Dois meses. Esse é o meu limite. Se ela ficar mais, eu saio de casa"? Então, nesse momento eu tive essa visão. Eu não sabia o que significava, até aquele dia que você levou Bella e eu para fazer compras... Lembra? – Eu lembrava por outro motivo. – Nesse dia eu tive a mesma visão, então eu acho que continuou igual. E...

– Alice, quer parar de enrolar?

– Bom, desde aquele primeiro dia, essa visão não se alterou. Acho que a Bella é o seu Jasper.

– Tá dizendo que sou gay?

– Ai meu Deus. Você bebeu? Não, eu quis dizer que a Bella é para você o que o Jasper é para mim. Entendeu ou quer que eu desenhe?

– Não, eu tenho uma inteligência privilegiada, como você bem sabe, mas obrigado pelo oferecimento.

– Disponha, Edward. Então, eles chegam em um minuto. Se prepare para não explodir.

– Ei, eu ainda não terminei minhas perguntas? Dá pra explicar como aquilo vai acontecer?

– Daqui a três anos você repete essa pergunta, está bem?

– Como é que é?

Mas ela apenas saiu do quarto rindo.

Como eu odiava a Alice às vezes... Mas eu estava confuso demais para me importar com isso. Eu não podia me apaixonar pela Bella... Não, eu não podia...

– Eddie! – gritou Bella assim que entrou em casa, e correu até meu quarto. Ela estava corada e eu via confusão em seus olhos.

– Que aconteceu, Bella? – perguntei.

– Eu sei que a Alice já te contou – disse ela, se jogando na minha cama e puxando o travesseiro para esconder o rosto nele.

– Eu prefiro ouvir da sua boca...

– Ah, eu não sei o que fazer! Eu odeio o Joshua, mas ainda assim... Ah!

– Que tal tirar o travesseiro do rosto?

– Não.

– Por quê?

– Você vai rir.

– Do quê?

– Da minha boca! Tá inchada! Mas que droga! Ah, Edward, eu quero voltar no tempo!

– Para?

– Impedir que ele me beije, oras! – Sua voz vazava incredulidade, e ela até tirou o travesseiro do rosto. – Isso não é óbvio?

– Não sei... Você vai querer sair com ele? – Estava me esforçando para manter a voz calma, mas não sei se funcionou perfeitamente.

– Não sei! A Nessa acha que eu devo, já a Ellen me disse para socar ele amanhã. – Essa Ellen era bem sensata... Devíamos convidá-la para jantar. – Eu não sei... O que você acha?

– Não acha que a Alice devia responder essa?

– Mas eu quero que você responda.

– Bom, faça o que seu coração mandar.

– Edward, você tirou essa frase de um livro. Que por sinal eu já li, mas não lembro o nome.

– Bom, pense pelo lado positivo... Se não der certo, sempre podemos nos mudar.

– Nos mudar?

– É, sabe... Daqui alguns anos vamos ter que nos mudar mesmo... Por que não agora? – Tudo para deixá-la longe do tal Joshua. Nome feio e comum, por sinal. Acho que uma vez, quando não era vegetariano, matei um Joshua...

– Mas e minhas amigas? Agora que ficamos amigas mesmo! Bom, depois daquele dia – ela sempre se referia assim ao dia em que salvei ela dos garotos –, mas, de qualquer jeito, eu não posso ter amigos em todos os cantos do mundo. Já faz quase seis meses que eu não vejo o Chris e a Sam! Tá que eu falo com eles todos os dias pelo MSN, mas não é a mesma coisa. Se eu fosse uma vampira...

– Bella...

– Tá, quatro anos. Já sei. – Ela revirou os olhos. – Ei, você está me distraindo! – acusou ela, e sorri inocentemente.

– Estou?

– Seu chato. – Ela jogou o travesseiro em mim, mas depois pegou outro que tinha na cama e o abraçou.

– Eu não sei o que fazer, Eddie – choramingou ela, e me sentei ao seu lado.

– Você quer sair com ele?

– Não... Sim... Eu não sei. Eu não gosto dele, ele é um idiota, mas se eu não aceitar, será que alguém algum dia vai voltar a me convidar?

– Bella, você vai ter filas de garotos querendo ser seus namorados, pode crer. Isso não é motivo para aceitar sair com um cara que você nem gosta...

Eu estava gostando do rumo da conversa. Depois podia lidar com os outros garotos...

– Você acha?

– Eu tenho certeza.

– Como?

– Confie em mim, Bella.

Ela me olhou, e eu sorri.

– Tá, você tem razão. Não tem por que eu sair com um cara que eu odeio só por medo... Além do mais, é uma boa desculpa, não? "Cara, eu te odeio, lembra? É claro que não vou sair com você." É, ficou bom. Amanhã eu falo isso para ele, quando ele perguntar se eu pensei... Isso se ele perguntar. Talvez tenha se tocado do quão idiota estava sendo e decida nem insistir... É, provavelmente vai acontecer isso. Ou ele nem vai lembrar que me beijou hoje. Quer dizer, com a memória que ele tem, fico surpresa que sequer lembre o próprio nome. Ah, mas ele é muito idiota. Eu nunca devia ter sequer considerado a hipótese de sair com ele...

-

-

-

– Bella, o Joshua chegou! – escutei Carlisle gritar lá de baixo, mas mesmo assim não me levantei da cama. Não acredito que a Bella aceitou... Por quê?

Era o que eu não parava de me perguntar.

Por quê?

– Ah, você está linda. Vamos! – Alice disse no corredor, e Bella estava linda mesmo, com um vestido azul até os joelhos e uma sapatilha – ela nunca foi muito boa com saltos.

Azul realmente ficava lindo nela...

Por quê?

– Eu queria falar com o Edward...

– Ele saiu para caçar, querida – disse Alice, e fiz um lembrete mental de agradecê-la depois.

– Ah, que pena... Bom, depois eu falo com ele. Deseje-me sorte!

– Toda a sorte do mundo, Bells!

Escutei os passos de Bella na escada, e depois ela trocou umas palavras com Carlisle antes de sair com Joshua. Eu não devia fazer isso, mas...

Então, como vamos? – perguntou Bella, e Joshua para ela.

Acho que você sabe que não posso dirigir ainda, não é? – Melhor fazer gracinha... Assim ela muda a opinião que tem sobre mim...

Ah, então aquele cara tinha intensões para com a minha Bella. Muito interessante. Quando tivesse o próximo encontro – o que eu duvidava muito que fosse acontecer – eu iria dar uma de papai coruja e perguntar algumas coisas para ele...

Sim, eu sei disso – disse Bella, sorrindo. – Vamos a pé, então? Pra onde?

Tem um restaurante muito bom aqui perto... Está afim? – Por favor diga sim... por favor diga sim...

É claro. – Bella deu de ombros, como se não se importasse – e eu esperava mesmo que ela não se importasse – a não ser que quisesse fazer outra coisa – uma coisa que ela não devia ter permissão de fazer – eu estava ficando paranóico.

Vamos então.

Joshua estendeu a mão, e Bella pegou-a depois de um momento de hesitação. Por que ela segurou? Isso significava que ela gostava dele?

Eu devia ter me especializado em linguagem corporal.

Então, é verdade que todos os vocês são adotados? – Droga! Por que você perguntou isso, imbecil? Que tema mais chato! Ela deve odiar esse tema! Quer estragar tudo?

Ah, somos sim. É bem engraçado, sabe, dizer que todos eles são meus irmãos, sendo que ninguém quase se parece. – Bella riu. – O Jasper e a Rosalie são meio parecidos, é claro, mas porque são irmãos, mas o resto é tudo uma mistura.

Rosalie? Acho que não conheço ela.

É claro que ele não conhecia. Ela e Emmett, depois de terminar a faculdade de moda e educação física respectivamente decidiram passear pelo mundo por um tempo antes de voltar para casa.

É mesmo! Ela já está na faculdade com o Emmett, meu outro irmão e o namorado dela.

Hum..., ela parece gostar do assunto...

Eles estão namorando? Não é meio... estranho?

Bom, não somos irmãos de sangue, não é? – murmurou Bella, com um brilho estranho no olhar que Joshua não percebeu.

É, mas vocês foram criados juntos... – Ele deu de ombros. – Sei lá. Parece estranho.

Bom, eu cresci com isso, então acho que já estou acostumada... Mas você tem razão. É meio estranho... Sabe, eu acho que é porque a gente nunca se considerou mesmo irmão e irmã. A Alice é minha melhor amiga, não minha irmã, e o Edward é meu salvador.

Foi impressão minha ou ela usou um tom sonhador quando falou meu nome?

Edward? Aquele que quase me matou uns anos atrás?

Bella riu com a lembrança.

O próprio. – Tomara que ele não apareça por aqui... E se ele pular de trás de uma dessas árvores e tentar me matar com uma faca? Eu vou é correr! Deve ter alguma casa nesse deserto para eu me esconder... Por que eles têm que morar tão isolados?

Até que aquele garoto tinha umas ideias interessantes... Será que a Esme me emprestaria uma de suas facas ou ficaria com medo de que ela perdesse a fiação quando eu a usasse contra o Joshua? Bom, nesse caso teria que usar os dentes mesmo... Não levaria nem um segundo...

Ele sabe que você que aceitou sair comigo, né? Que eu não te obriguei?

Tá com medo do meu irmão? – perguntou Bella, divertida.

Sei lá... Vai que ele resolve que não digno de você ou algo assim e vem aqui para me matar? Minha irmã estuda com ele, sabe... Pelo menos acho que é ele. É um com cabelo estranho?

Não é estranho! O cabelo dele é lindo! Eu adoro! – disse Bella, e era verdade. Desde pequena ela tinha uma pequena obsessão pelo meu cabelo...

Mas a cor dele é estranha, admita... Deve ser algo com as mulheres. Minha irmã também adora o cabelo dele. Na verdade, eu acho que ela é apaixonada por ele... – Minha irmã é apaixonada por qualquer garoto que olhe para ela, isso sim. Não sei de onde a Mary tira essas ideias...

Hum, Mary... Eu lembrava dessa garota. Era uma das que ficava tendo sonhando acordada comigo durante a aula... Muito irritante, por sinal. Ela devia era prestar atenção na aula.

Bom, ela pode esquecer. O Edward não namora – disse Bella.

Por quê?

Quando perguntei ele disse que estava esperando a garota certa. – Bella deu de ombros, mas eu fiquei surpreso por ela ainda lembrar disso. Ela tinha o quê?, quatro anos?, quando eu disse isso.

Nossa, que romântico... Se minha irmã ouvir isso, acho que ela desmaia.

Bella riu. Ela não estava rindo demais não?

Ela é uma das fãs do Eddie?

De quem?

Do Eddie. Mas não conte pra sua irmã desse apelido. Só eu posso chamá-lo assim.

Do Edward? – Hum... Quando ele tentar me matar, posso usar isso contra ele...

Ele que se atravesse...

É.

Fique calma. Não conto nada. Fica sendo nosso segredinho. – Ele piscou para Bella, e eu fechei minhas mãos em punhos. Quem ele pensa que é...

Mas então, já estamos chegando, não?

Aham, é logo a-

Droga! Não conseguia mais ouvir ele. Estava muito longe. Talvez se eu fosse mais perto...

Edward, deixe a Bella. Quando ela voltar, vai contar tudo mesmo, pensou Alice.

Eu respirei fundo, e resolvi esperar. Eles não podiam demorar muito. Quer dizer, já eram quase nove horas, e esse tal de Joshua devia ter um toque de recolher de no máximo dez horas... Quem sabe nove e meia.

Eu aguentava meia hora. Era só me distrair; ligar uma música, pegar um livro e me distrair.

Nove e meia e eu ainda estava na primeira página do livro que eu nem tinha visto o nome. Morro dos Ventos Uivante. Mas esse livro era horrível! Por que diabos eu estava lendo ele? Só podia ter sido a Bella, que largara ele aqui... Ela amava esse livro.

Troquei por Orgulho e Preconceito, que Bella também adorava e eu achava bom, apesar de um pouco feminino. Mas mesmo assim não consegui me concentrar. Já eram 10 horas. Eles não conheciam horários?

...Bella.

Ah, finalmente. Estavam voltando.

Eu também... – murmurou Bella, sorrindo para Joshua, mas não era um sorriso alegre. Ela estava hesitando em dizer algo.

E o que ele tinha dito para ela?

Então, o que acha de repetir semana que vem? – Diga sim, vamos. Você disse que se divertiu. Dois encontros é o suficiente para pedir em namoro? Bom, se ela me deixar beijar ela hoje, acho que sim...

Aqueles lábios horrendos não iam chegar perto dos da minha Bella de novo comigo ali...

Olha, Joshua, eu me diverti muito sim, mas acho que devíamos ser só amigos – disse Bella, mordendo o lábio.

e quando formos para a faculdade podemos dividir um apartamento...

Como?

Eu acho que sou muito nova para me envolver com alguém. E até esses dias eu odiava, sabe... Quem sabe daqui alguns anos?

Ela está me dando o fora? Não, ninguém dá o fora em Joshua Orth...

Por quê, Bella? Você tem quatorze, eu quinze. Não somos tão novos assim...

Bom, eu me acho nova. Sinto que não entenda isso – disse Bella friamente. – Eu queria mesmo ser sua amiga, mas se você não pode aceitar isso...

Ah não! Agora ela vai me odiar de novo! Melhor ser o amigo que vira namorado do que o namorado que vira inimigo...

Desculpe. Eu não quis dizer isso. – Ele estendeu a mão. – Amigos?

Bella apertou a mão dele.

Amigos.

Eu estava prestes a dar uma de Alice e pular pela casa quando me lembrei que não seria muito adequado. Joshua estava fora do jogo! Nos mudaríamos no meio do ano que vem, quando Bella fosse para o ensino médio... Seria tão tranquilo... Rose e Emmett estariam de volta, e qualquer garoto teria medo de chegar perto da Bella com Emmett por perto... Seria um sonho...

– Cheguei! – gritou Bella da entrada, e a escutei correr escada acima.

Não me surpreendi quando ela quase arrebentou a porta do meu quarto.

– Você estava complemente certo! – gritou ela, deitando do meu lado na cama. – Foi ótimo, eu ri um monte com o Joshua, mas ele é mais palhaço que o Emmett, e isso é muito irritante! Quando estávamos jantando, ele fazia piada de qualquer coisa que eu falasse, mesmo de coisas sérias! E eu não conseguia pensar numa forma de dizer que queria ir embora que não ficasse óbvia, porque, pelo que percebi, ele gosta de mim. Eu até estava esperando que você tivesse me seguido e eu poderia fazer um sinal para que você inventasse que alguém tava passando mal ou algo assim, mas acho que você não é tão super protetor. Não estou reclamando, tá! Mas é que seria bem mais prático! Mas acho que convenci ele a me deixar em paz, pelo menos por enquanto. Amigos. Só isso. Quando podemos nos mudar?

– Você respirou?

– É claro que sim! Eu não sou uma vampira – infelizmente.

– Não comece. E não vou mentir dizendo que estou triste que você deu um fora nele... E, quanto a nos mudar, no meio do ano que vem.

– Não podemos ir antes?

– Você tem que terminar o elementar, Bella. Assim que você terminar a oitava, podemos nos mudar. Daí vamos começar no médio com você...

– Eu vou estudar com você?

– Algum problema?

– Ah, que ótimo! Vou conhecer alguém! Dois alguéns, pensando bem. A Alice também, né? E o Emmett com a Rose e o Jasper no segundo ano... Ah, não vou ficar isolada! Por que não me disse isso antes?

– Você não perguntou. E o que aconteceu com o papo de não posso abandonar a Nessa e Ellen?

– Ah, as duas sobrevivem sem mim. Além do mais, acho que a Ellen vai para um internato ano que vem lá na Flórida, e a Nessa vai se mudar para a Califórnia para morar com a mãe... Eu sempre soube que elas não eram do tipo de amiga que fica para a vida... Mas então... Antes de tudo, podemos ir visitar o Chris e a Sam?

– Claro, Bella.

– Ai, que bom! Eu acho que vou ter que com a Alice, porém. Você não vai querer usar maquiagem, não é?

– Dispenso, obrigado.

– Ótimo. Ela já deve até estar vendo isso. Amanhã eu falo com ela. Mas eu queria te pedir um favor...

– Diga...

– Posso dormir aqui hoje? – Ela corou, uma pequena mania dela que eu adorava. – Faz um tempão que eu não durmo no seu quarto!

– Mas é claro, Bella. Minha porta sempre vai estar aberta para você.

– Vou pegar meu pijama.

-

-

-

Bella: quinze anos

– Ai! – exclamou Bella lá da sala, mas eu, diferente das outras vezes, não me levantei. Já tinha sentido o cheiro do seu sangue, e mesmo depois de todos esses anos ele ainda me incomodava.

– Eu cuido disso, gente! – disse Carlisle, mesmo que ninguém tivesse se mexido. Por mais que amassemos Bella, não podíamos ajudá-la nessa hora. Não quando tinha sangue envolvido.

O que aconteceu, querida? – perguntou Carlisle.

Cai da escada. Ai... Eu não consigo mover a perna... – Bella tentou e então fez uma careta de dor. Eu estava me segurando para não ir lá confortá-la, mas não podia arriscar.

Deixa eu ver se não quebrou... – Carlisle avaliou a perna de Bella, rasgando sua calça jeans na altura do joelho (escutei Alice ranger os dentes do seu quarto: com certeza reconhecera o som de roupa sendo rasgada. Quando se mora com Emmett e Rose por muitos anos, esse som é familiar).

Acho que só deslocou, Bella, mas é melhor tirar uma radiografia. Eu só vou limpar esse corte para que os outros possam sair do quarto e então vou te levar para o hospital, o.k.?

É mesmo necessário? Daqui um pouco vão fazer um leito particular para mim no hospital... Quantas vezes já estive lá esse ano, seis? E isso que só estamos aqui há dois meses!

Pare de exagerar, filha... – Carlisle rolou os olhos ao mesmo tempo que eu o fiz. Bella só havia ido para o hospital de Forks uma vez.

Até agora, pelo menos.

Pronto! – exclamou Carlisle quando fez um curativo no corte na perna de Bella, e me permiti respirar de novo. Não tinha mais cheiro de sangue no ar, então desci as escadas.

– Tá doendo muito, Bella? – perguntei me sentando ao seu lado no sofá, onde ela esperava Carlisle terminar de arrumar o carro para levá-la para o hospital, com a perna mobilizada por uma tala velha que ele guardava em casa.

– Eu sou tão desastrada! Não posso nem andar por aqui sem cair! Mas também, é tudo culpa dessa casa nova. A escada é mais íngreme e curva que a da nossa outra casa, e eu me distraí! Tombo na certa, é claro.

– Que voltar para Davenport? Deve estar com saudades do Joshua...

– Ah, nem fale nele! Ele me mandou um e-mail esses dias, perguntando quando eu ia visitar... Eu nem respondi. Quer dizer, ele era um ótimo amigo, mas agora não posso usar a desculpa da idade, e também não quero dar um fora direto nele, porque ele até que é legal... Nós não vamos voltar, não é?

– Não, Bella. Até porque nós não envelhecemos, lembra? Vamos precisar de alguns anos até poder pisar lá de novo... Provavelmente até as pessoas esquecerem que já estivemos lá.

– Vocês já estiveram aqui em Forks?

– Já, há muito tempo...

– Eu não gosto daqui. Chove demais e é frio. Davenport saia Sol às vezes, e vocês não se importavam de matar aula, que eu sei bem que você odeia... Eu já sou pálida. Aqui vou ficar branca... Hum... Se eu ficar branco-mármore como vocês, você vai me transformar em vampira?

– Não.

– Droga... Bom, valeu a tentativa. Acho que o Carlisle já está vindo...

– Vamos Bella... Vou te levar para o hospital. Quer vir junto, Edward?

– Melhor não. Acho que vão abrir o ferimento da Bella...

– Você já foi antes ao hospital... E lá tem gente sangrando o tempo inteiro... Por que não pode ir agora? – pediu Bella, cruzando os braços birrenta.

– Hum... Depois eu explico, tudo bem? – Eu nunca dissera a ela sobre seu sangue ser mais tentador que os outros para mim, e pretendia que ela continuasse a não saber... Não queria que ela se afastasse. Mas eu teria que explicar... E logo.

-

-

-

– Então, vamos repassar – começou Alice na noite anterior ao primeiro dia de aula. – Eu, o Edward e a Bella vamos ao primeiro ano, com supostos 15 anos, e a Rose, o Emmett e o Jasper vão para o segundo, com 16. Como eu e o Edward supostamente não podemos dirigir, teremos que abandonar nossos carros temporariamente. – Alice disse isso tristemente, e eu meio que podia entender. Ela tinha acabado de ganhar de Jasper um Porshe 911 Turbo amarelo por 50 anos juntos e ela amava aquele carro, sendo que só andara nele umas duas vezes. Eu não veria problema em vender meu Volvo... Lançaria um novo modelo no ano seguinte e eu poderia comprar então. – Tá, onde eu estava? Ah, sim. Como não podemos dirigir, e o Jasper não tem carro, eu e ele vamos com a Rose no conversível dela e a Bella e o Edward com o Emmett no jeep dele, certo? O.k.... Eu não acredito que vou ter que aposentar meu Porsche! – choramingou ela, se levantando de repente antes de correr para a garagem. Alice era muito emotiva.

– Eu não entendo que a Alice tanto vê naquele carro... Tá que ele é lindo, mas é só um carro! – exclamou Bella, mas acho que ela percebeu que tinha dito algo errado quando quatro rostos incrédulos se viraram para ela. – Ah, é. Esqueci que vocês gostam de carros. Bom, eu não vejo porque gastar um milhão de reais num carro... – Ela disse isso olhando para mim.

– Isso foi uma indireta, Bella? – perguntei.

– Não, uma direta mesmo. Como você pôde?! Tá, aquele carro é o mais lindo que já vi, e você já me explicou umas cinquenta vezes como ele é maravilho, raro e tudo o mais, mas é muito caro!

– Não fale mal do meu Vanquish, Bella. E eu não sei como você pode não gostar de carro quando cresceu aqui.

– Talvez eu seja a única que tem a cabeça no lugar... Não, esquece isso. Eu não tenho a cabeça no lugar. Uma prova disso é você não poder ler meus pensamentos...

– O que eu nunca entendi... – murmurei

– …, algo muito útil.

– O quê? – exclamou Emmett. – Que pensamentos você tem que precisa escondê-los, Bellinha?

– Nenhum! – disse Bella, corando. – É só que é irritante não poder pensar em nada sem ter medo que alguém vá ler... São pessoais, sabe!

– Vem, vamos ter uma conversa de garotas. Que pensamentos você anda escondendo do Eddie? – sussurrou Emmett, se apoiando nas mãos, com os braços apoiados na mesinha de centro.

– Sério, ele não bate bem, né? – perguntou Bella para ninguém especifico, mas Jasper respondeu.

– Achamos que Carlisle fez alguma coisa errada na transformação dele... Veneno demais, veneno de menos... Ou a mãe dele o deixou cair muitas vezes do berço quando ainda era um bebê humano.

– Eu estou escutando, sabe!

– Emmett, para começar, você não é uma garota. Segundo, eu não tenho nada a esconder. É só que eu acho incômodo. Vai dizer que você gosta de saber que o Edward lê todos os seus pensamentos?

– Não gosto... Mas é legal torturar ele.

Ele começou a pensar naquela mulher que ele dizia ter um cheiro similar para ele ao que Bella era para mim, e eu fechei minhas mãos em punhos.

– Emmett! – rosnei, e ele parou, rindo.

– O que ele pensou? – perguntou Bella.

– Nada demais – respondi. – Vamos, você tem que arrumar sua mochila para amanhã.

-

-

-

Bella: quinze anos e meio

– Hey, Bella! – cumprimentou Mike, me ignorando como sempre. Como aquele cara era irritante...

– Oi Mike.

– Então, já que estamos fazendo juntos o trabalho de Inglês, que tal eu ir na sua casa esse final de semana? – Assim, além de conhecer de primeira mão a misteriosa casa dos Cullen, ainda fico sozinho com ela! Perfeito!

Eu já mencionei que nunca gostei desse garoto? Ele era tão atirado! Pior que aquele tal de Joshua...

– Ah, Mike, não vai dar. Alguns amigos do Jasper vão estar lá em casa esse final de semana e eles são bem isolados, sabe? Mas eu posso ir na sua casa. O Emmett pode me levar.

Bom, é melhor do que nada.

– Tudo bem então. Amanhã, às duas horas?

– Claro. – Bella sorriu, e ele saiu, pronto para se gabar para o Eric que ele iria se encontrar com a Bella amanhã. Que infantil...

– Por que diabos você aceitou fazer o trabalho com esse imbecil, Bella? – perguntei para ela enquanto seguíamos para a aula de Biologia, depois do almoço, a única que tínhamos juntos. Mike nos interrompera – ou devo dizer a interrompera? – no meio do corredor.

– Ah, Edward, eu sei que você não gosta dele, mas ele é meu amigo.

– Ele não quer ser só seu amigo.

– Bom, eu aprendi a lição com o Joshua, e agora vou seguir a sua linha de pensamento.

– Que é?

– Esperar pelo garoto certo.

– Bella, tem uma pequena falha no seu plano. Eu sou um v-a-m-p-i-r-o – soletrei pois haviam algumas garotas tentando ouvir o que falávamos –, e tenho toda a eternidade. Você é humana – acrescentei em voz baixa.

– Bom, daqui a dois anos e meio eu também vou ser uma vam... uma você-sabe-o-quê. Então não tem pressa nenhuma.

– Eu nunca disse que iria te transformar quando você completasse dezoito anos! – Na época parecera bastante tempo, mas agora... Só dezoito anos como humana era muito pouco tempo.

– Como é que é? – Bella parou de andar e se virou para me encarar, o que podia ser assustador mesmo eu sendo quase trinta centímetros mais alto e muito mais forte. – Você prometeu sim que eu lembro. Eu pedi para ser uma vampira – ela não se preocupou em falar baixo, mas felizmente ninguém estava ouvindo. Nessa hora já estávamos na mesa que dividíamos na aula – e você disse que eu era muito nova e para repetir essa pergunta dez anos depois. Bom, eu estou esperando. E, quando eu fizer 18 anos, espero receber uma resposta diferente de "você é muito nova. Me pergunte daqui a dez anos."

Ótimo. Agora ela estava brava comigo. Perfeito.

Será que ela não entendia que tudo isso era para o bem dela?

-

-

-

Bella: dezesseis anos

– Bella, precisamos conversar – anunciou Alice certa noite, nas férias de verão. Bella estava jantando, e eu estava na sala assistindo a um jogo de beisebol com Emmett. Fazia dias que não tinha tempestades, então não tínhamos pudido jogar ultimamente.

– Sim? – disse Bella, e escutei um prato ser jogado na pia, junto com talheres e copos, e então os passos dela até a sala.

– Bom, prefiro que todos estejam aqui quando falar sobre isso.

Nesse momento Carlisle, Esme, Jasper e Rose (com a roupa suja de graxa: ela estava mexendo no motor do meu carro novo, um lindo Volvo S60 R entraram na sala.

– Diga então, Alice.

Eu, que já estava segurando a risada por um bom tempo desde que li os pensamentos de Alice, tive que morder a boca para não gargalhar com a cara séria que ela fez antes de abrir um sorriso enorme e exclamar:

– Bella, vou preparar uma festa digna de princesa para o seu Doce Dezesseis !

– Como é que é?! – começou Bella, ficando de pé. – Eu não quero nada disso!

– Não estrague meu prazer, Bella. Já tenho tudo preparado. Aqui vai ser a pista de dança, depois um baú para por os presentes naquele canto, e montes e montes daqueles salgadinhos de pacote que os adolescentes tanto gostam em uma mesa bem ali...

– Alice... – chamou Bella calmamente. – EU NÃO QUERO UMA FESTA DE 16 ANOS NEM PRESENTE NEM...

– Eu falei que você mimou ela demais, Esme – murmurou Jasper, e eu não pude mais segurar a risada.

– E você fica aí rindo da desgraça alheia, não é? Vocês sabem muito bem que eu odeio festas e...

Bom, isso continuou por uma meia hora, até que Alice desistiu da festa, um pouco ressentida (apesar de esconder isso de Bella), e conseguimos acalmar a fera, como Emmett disse.

– E eu também não quero presentes! – exclamou Bella antes de subir as escadas, sem nos dar chances de retrucar. Bom, isso não podíamos prometer...

-

-

-

– BELLA, FELIZ ANIVERSÁRIO! – Foi dessa forma que Alice acordou Bella no dia do seu aniversário. Eu estava encostado na porta, assistindo.

– Alice, você não podia ter me acordado de forma mais calma – disse Bella, sarcástica, ao levantar da cama, bocejando.

– Bom, pelo menos você acordou, não é? Agora, já para o banheiro, e coloque a roupa que eu deixei lá. Sem discussão.

– Tá, tá... – murmurou Bella, sonolenta, ao se encaminhar para seu banheiro, ainda de olhos quase fechados.

Quinze minutos depois ela saiu, enrolada numa toalha, seus olhos fulminantes.

– Eu. Não. Vou. Por. – Mais um pouco e ela rosnaria igual a uma vampira.

– Por quê? – perguntou Alice.

– Ele não cobre nada!

– Que é isso. Você vai ficar linda. Vamos.

Alice a puxou de volta para o banheiro, e eu continuei encostado na porta, esperando poder dar Feliz Aniversário para Bella.

Meio hora depois elas saíram, com Bella usando um vestido azul lindo que – concordo com ela – era bem curto, indo até a metade das suas coxas – e, desde quando Bella tinha essas curvas? E esse corpo?

Era melhor parar.

– Pronto, viu? Não foi tão ruim – dizia Alice.

– Tá, eu sei. – Então ela me viu, e corou. – Oi.

– Feliz aniversário – eu disse, andando até ela e lhe dando um abraço.

– Valeu...

– Eu vou indo – murmurou Alice, saindo correndo do quarto.

– Onde ela foi?

Eu não respondi.

– Edward. Responda.

– Bom... Olha, não fique brava, está bem? Mas é que nunca vi alguém não gostar de ganhar presentes de aniversário como você, mas...

– Eu disse que não queria um presente!

– Pelo menos finja gostar do presente, está bem? Pense que isso é necessário se você faz parte da família Cullen. Você é a única que ainda não tem um.

– Você vai me transformar? – perguntou ela, esperançosa.

– Bella...

– Tá, desculpe. Esqueci. Mas o que é então? Vou ganhar lentes de contato douradas?

– Muito engraçado, Bella.

Puxei-a pela mão até a sala, e de lá até a garagem.

– Você não gastou muito, né? – perguntou ela quando coloquei as mãos nos seus olhos para que ela não visse.

– Nós rachamos um presente – eu disse para que ela ficasse mais calma. – E você sabe que dinheiro não é problema.

– Ah, é. Esqueci que minha melhor amiga é uma vigarista que brinca com a bolsa de valores.

Eu estava rindo quando entrei com ela na garagem, onde estava o carro que havíamos comprado. Ela teria que gostar... Rose quase o pegou para si mesma!

– Pronta? – perguntei.

– Não.

– Ótimo.

Descobri seus olhos, e foi hilária a cara que ela fez quando viu o carro. Seu queixo caiu, seus olhos se arregalaram, e vi seus lábios formando as palavras: "Uma Ferrari?". Então ela se virou para mim.

– Não gastou muito, não é? – ironizou ela.

– Bom, para nós não é muito.

– Hum...

Ela mordeu o lábio, e se virou de volta para o carro.

– Que modelo que é? – perguntou ela, mesmo que eu soubesse que ela não entenderia nada quando eu dissesse.

– Uma Ferrari F430.

– Hum...

– Quando eles perguntarem se você gostou, finja entusiasmo, tá? – brinquei. Ela me olhou, e eu podia ver ressentimento nos seus olhos.

– Desculpa não ficar animada... Mas eu não consigo gostar de carro como vocês.

– Eu já sabia disso. Mas eles queria te dar um carro. Eu só escolhi o modelo. – Dei de ombros.

– É lindo, realmente... Mas não foi mesmo muito caro, não é?

– Venha, a Esme quer te dar parabéns...

-

-

-

Já era outubro, e o colégio estava organizando uma festa de Halloween, a qual eu tinha certeza Alice nos obrigaria a ir.

– Vai ser divertido! – diria ela, e então daria uma fantasia para cada um, e nos arrastaria para o ginásio da escola, onde seria a festa.

E eu não estava enganado.

– Bom, eu vou ser uma fada – disse ela, pegando uma sacola com seu nome e separando.

– Novidade – murmurou Emmett.

Você – disse ela, apontando o dedo para ele – vai ser um pirata.

– Sério?

– Sim. Eu iria te dar a fantasia do Barney, mas iria acabar com a reputação que você não tem. Então vai ser pirata. E a Rose também. Aqui estão. – Ela jogou para eles duas sacolas nomeadas. – O Jazz vai ser um motoqueiro. – Ela jogou uma sacola para ele. – O Edward vai ser um anjo caído...

– Como é que é?

– E a Bella uma vampira!

– Que original, Alice – murmurou ela, apesar de seus olhos brilharem.

– Bom, o que estamos fazendo aqui? Ao trabalho!

E então ela nos empurrou para que nos arrumássemos, o que fiz em uns cinco minutos. Claro, era uma roupa preta inteira simples. Que emocionante.

Fomos para a festa em dois carros. Eu fui com Bella (que estava linda, por sinal) e Alice no meu Vanquish (ele precisava sair da garagem) e os outros foram na BMW da Rosalie.

Que festa mais chata.

Os humanos ficavam dançando e dançando músicas sem letra. Eu preferia muito mais as músicas clássicas ou as dos anos 50.

Então algo me distraiu.

Bella estava no barzinho que tinha no baile, com Alice, quando um garoto chegou, e eu pude ouvir perfeitamente suas palavras:

– Muito prazer. Jacob Black, mas você pode me chamar de Jake.

O copo que estava em minha mão se quebrou.


domingo, 7 de março de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 11


Olá gentee!
mais um capitulo da fic super fofa escrita por Caroline Bigaiski para alegrar o nosos domingo \õ/
boa leitura a todos ;*

Capítulo 11

Bella: sete anos

(Bella Swan)

Depois de mais uma tarde com a minha tia maluca no shopping, chegamos em casa e encontrei mais um jantar maravilhoso preparado pela mamãe só para mim. Eu não entendia porque ninguém nunca comia comigo, mas sempre que perguntava alguém – normalmente tia Alice – dava um jeito de me distrair. E sempre funcionava.

Depois do jantar joguei um pouco de videogame com o tio Emmett e o tio Jasper para que eles não ficassem tristes – eu não gostava, mas era bom passar um pouco de tempo com eles – e então fui para o meu quarto.

Logo fiquei entediada, e atravessei o corredor e entrei na porta à frente da minha sem nem bater.

– Bella – cumprimentou Edward, sorrindo. Ele estava sentado na cama dele, lendo um livro.

– Por que você deixou a tia Alice me levar? Você não me ama? – perguntei manhosa, sentando no seu colo.

– Bella, nem eu posso com a tia Alice. – Ele sorriu.

– Você pode tudo – murmurei, apoiando a cabeça no seu peito, e senti ele se deitar na cama.

Não demoram nem cinco minutos para que eu caia no sono.

-

-

-

A escola não era tão ruim quanto eu imaginava. O Chris e a Sam eram incríveis, e eu ria um monte com o Chris. Ele parecia realmente uma miniatura do tio Emmett.

Como meu aniversário é no começo de setembro, tia Alice queria fazer uma festa gigante para todos os meus amigos. Mas, com a ajuda de Edward, consegui convencê-la a fazer uma festa pequena para a família e só.

Mas, outra garota da minha sala fazia aniversário uma semana depois de mim, e ela fez uma festa enorme convidando todo mundo da sala e a família de todos também. No meu convite (que Edward leu para mim), não entendi porque, dizia que eu, meu irmão mais novo (em destaque) e minha família estávamos convidados.

Mas, quando perguntei para Edward o que aquilo significava, ele disse que não sabia.

Mas algo me disse que ele estava mentindo, pela primeira vez.

No dia da festa, tia Alice me fez colocar um vestido que ela tinha comprado para mim azul cheio de babados, mas ela não foi na festa. Na verdade, Edward foi o único a me acompanhar – eles disseram que tinham outras coisas para fazer.

Então, fomos no carro brilhante do Edward, e quando chegamos lá vi que a Emma (a garota da festa) vivia em uma casa muito grande, mas não tão grande quanto a nossa.

Edward foi comigo até a porta, me mandando segurar uma caixa colorida que tia Alice mandou a gente trazer, e tocou a campainha.

Uma garota atendeu.

– Edward, bom te ver! Essa é a sua irmãzinha? – disse ela, sorrindo de uma forma bem estranha para mim.

– Sim – respondeu Edward, seco, e eu estranhei. Nunca tinha visto ele falar com alguém assim antes.

– Bom, venham. Minha irmã está lá fora com os amiguinhos dela... Seus pais não vieram? Que pena. Bom, os adultos estão num canto qualquer por aí, e nós estamos na sala de TV lá em cima, jogando alguns jogos... Quer vir?

Ela ofegou na última frase.

– Hum... Obrigado pela oferta, mas...

– Eddie... – murmurei, puxando a mão dele. Não queria ficar sozinha.

– … mas eu preciso ficar com a Bella – completou ele, sorrindo satisfeito.

– Ah, que pena. Mas tenho certeza que ela vai se divertir e nem vai lembrar de você... De qualquer jeito, primeira porta a direita, se mudar de ideia. – Ela piscou para ele, me irritando, e subiu as escadas.

– Vamos Bella, tem uma cama elástica ali. Você vai adorar.

Edward ficou comigo a festa inteira, assim com Chris e Sam. Edward aproveitou para conversar com os pais deles enquanto brincávamos de pega-pega, e quando estava começando a ficar com sono ele disse que seria melhor irmos para casa.

– Eddie... – cantarolou uma voz, e vi a garota mais de cedo vindo na nossa direção. – Já está indo embora? Mas você nem comeu nada!

Eu olhei para ela, mas ela tinha razão. Não tinha visto o Edward comer nada. Na verdade, nunca vi nenhum dos meus tios ou meus pais comerem alguma coisa...

– Não me chame de Eddie – respondeu Edward. – E não estou com fome.

Ele me puxou para fora da casa depois disso, deixando a garota com o queixo caído no pé da escada, mas eu nem liguei. Estava percebendo algumas coisas...

– Eddie, por que você não comeu nada? Você também não comeu nada antes de sairmos de casa... – perguntei quanto ele me colocou no banco traseiro do carro e seguiu para a frente do volante.

– Eu não estou com fome, Bella.

– Você nunca está... Eu sempre janto sozinha... Tá, a mamãe me faz companhia, mas ela não come nada... Eu nunca vi nenhum de vocês comerem nada...

Ele não respondeu nada, então me inclinei para a frente e continuei:

– E, quando tem Sol, vocês nunca saem também... Eh... Esses dias fez Sol, e você me deixou na frente da escola sem nem sair do carro, ao invés de me levar para a porta como sempre... Você estava com o carro do papai ao invés do seu... Vocês não foram para a escola, porque ninguém veio junto no carro e eu vi você seguir reto ao invés de virar para a sua escola... Eu uso um sobrenome diferente na escola, mas você nunca me explicou isso... Eu não parecida nem com a mamãe nem com o papai nem com nenhum dos meus tios... Onde o papai, a mamãe e os meus tios foram hoje?

Ele estava encarando a estrada, sem nem me olhar, mas eu via que suas mãos seguravam firmemente o volante.

– Não vai me responder? – Já podia sentar a lágrimas começarem a se formar nos meus olhos.

Ele parou o carro de repente, e percebi que estávamos em casa.

– Bella, venha.

Ele abriu a porta dele, e no instante seguinte já estava abrindo a minha e me pegando no colo.

– Como...

Ele me levou até a sala, onde todos já estavam sentados no sofá, muito sérios.

– O que está acontecendo? – perguntei, me sentando no chão.

– Bella, nós temos uma coisa para te contar – disse papai, me olhando sério.

– Não podemos falar tudo, querida, porque iria te assustar, mas vamos responder as perguntas que pudermos, tudo bem? – disse mamãe.

– O que está acontecendo? – repeti, chorosa.

– Bella, você é adotada.

Eu senti meu queixo cair, e nenhum deles olhou para mim tirando Edward, que ficou segurando o meu olhar, confirmando.

– C-Como?

– Eu encontrei você no hospital um dia e te trouxe para casa. Não sabemos o que aconteceu com os seus pais biológicos.

– Meu pais o quê?

– Seus pais verdadeiros, Bella... – disse Alice, se ajoelhando na minha frente. – Você não vai entender muito bem, você ainda é muito nova, mas com o tempo você vai aceitar. Quando você nasceu, aconteceu alguma coisa com os seus pais verdadeiros, então Carlisle e Esme a criaram como se você fosse deles. Mas isso não importa muito agora, isso só explica porque somos todos diferentes. Na verdade, somos todos adotados. Todos viemos de famílias diferentes.

Eu não conseguia acreditar nisso, era muito para minha cabeça.

– E tem outra coisa que você precisa saber. Nós não somos... Normais, por assim dizer – disse tia Rose, sorrindo tristemente. – Nós não comemos a mesma comida que você. Nós não podemos sair a luz do sol. Nós somos frios, enquanto você é quente. Nós somos mais rápidos e fortes que você...

– Rose, chega – disse Edward, sua voz rouca. Ele estava com os outros fechados.

Eu também fechei os meus, tentando entender... Mas não conseguia. Era muita coisa.

– Eu preciso de... tempo. Me deixem pensar – pedi, e corri escada acima sem nem esperar eles responderem.

Me joguei na minha cama e cobri minha cabeça com meu travesseiro. Estava arrependida pelas perguntas que fiz para o Edward... Eu preferia não saber. Não faria diferença... Mas agora que eu sabia, era difícil esquecer.

Mas como aquilo era possível? O que eles eram? Minha cabeça parecia estar rodando...

Nem percebi quando apaguei.