domingo, 24 de janeiro de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 5


Oii gente!
mais um final de semana com a fic mais fofa do mundo *-*
boa leitura a todos ;*

Capítulo 5

Bella: 8 meses

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Pois é, eu fiquei. Algo em Bella me fazia querer ficar. Eu não sabia explicar, mas algo me aproximava dela.

Nesses últimos meses Bella cresceu surpreendentemente. Alice já tinha doado tantas roupas para o orfanato da cidade que eles nem estavam aceitando mais, com a desculpa de que não tinham nem espaço para por roupa, nem criança para usá-las. Então Alice deu para o orfanato da cidade vizinha.

Mas não só no sentido de tamanho Bella cresceu. Ela era muito inteligente, não podia negar.

Com seis meses já conseguia sentar sem apoio, sendo que Carlisle disse que normalmente isso ocorre aos oito meses, e com já tentava segurar o copo de leite que conseguíamos para ela sozinha, apesar de não conseguir.

Semana passada ela começou a engatinhar (Emmett estava tentando persuadi-la a assistir Barney, então ela pegou o controle – ou tentou pegar, sendo que ele não parava em sua mãozinha – e depois saiu engatinhando para a cozinha, onde Esme preparava sua janta. Sua carinha era como se pedisse para que a salvasse).

Emmett parou de tentar persuadir Bella a assistir programas infantis depois dessa, dizendo que se ela não queria assistir ele é que não iria ficar gastando o bom tempo que ele podia estar jogando videogame na frente da TV, sintonizada no Discovery Kids. É claro que nós sabíamos que ele queria sim assistir aos programas infantis, mas achamos melhor não falar nada antes que ele ficasse ainda mais emburrado.

Carlisle disse que Bella um dia ainda iria gostar de desenhos infantis, até porque ela ainda era muito nova para entendê-los, então Emmett ficou um pouco mais feliz, apesar de dizer que o motivo era que Rose estava preparando uma surpresa para ele e Alice tinha contado.

De qualquer modo, aos sete meses ela ganhou os seus primeiros dentinhos e Alice ficou tirando quinhentas mil fotos de todos os ângulos possíveis dela depois disso, isso que já haviam cinco álbuns digitais com umas mil fotos cada que ela havia feito para Bella, basicamente um por mês.

Por já ter dentes, agora ela comia algumas coisas além do leite de sempre. Eu tentava ficar longe essas horas, porque a comida humana tinha um cheiro muito ruim.

Nós estávamos indo para a escola agora, mas continuávamos isolados como sempre. Todos conheciam os Cullen, mas ninguém falava conosco.

Ninguém sabia da existência de Bella também. Ela tinha tudo o que precisava em casa, inclusive um médico particular, então nem precisava sair. Alice e Rose ainda se divertiam comprando suas roupas, e as que não serviam simplesmente iam para a caridade.

Eu já havia me acostumado com sei cheiro, apesar dele incomodar um pouco, principalmente quando ela se machucava, o que não era difícil. Mesmo sem andar, ela conseguia ser desastrada.

Alice dizia ser um reflexo do futuro, sempre sorrindo maliciosamente para, mas eu não entendia.

Mas agora Bella engatinhava por tudo, desde que não tivesse nada no caminho em que ela pudesse bater ou escorregar.

– Ah, droga, Edward pare de respirar – disse Carlisle um dia, e prendi a respiração imediatamente.

Fui direto para a sala, onde ele estava, e vi que Bella havia se machucado – de novo. Aparentemente Rosalie deixara a chave do seu carro no sofá, e ela tinha caído no chão. Obviamente, Bella colocou a mão em cima dela com tudo, e havia se cortado.

Fiquei na parede, encostado, enquanto Carlisle colocava um band-aid do Ursinho Poof na mão de Bella e a beijava.

– Pronto, querida. Agora está melhor – murmurou ele. Vi que os olhinhos castanhos de Bella estava cheios de lágrimas.

Ela se virou para mim, e eu sabia imediatamente o que ela queria.

A peguei no colo, e fui procurar Alice. Nós íamos sair.

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Bella: dez meses

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Eu estava tocando piano, uma música que estava dançando em minha mente por um bom tempo, quando ouvi Esme soluçar na cozinha.

Cheguei lá ao mesmo tempo que Alice, mas Esme tinha o maior sorriso no seu rosto e girava Bella para todo lado.

– Esme? – chamei hesitante.

– Ela disse ma! – exclamou ela, abraçando Bella.

– Ma? – repetiu Alice, incrédula.

– Não é maravilhoso?

– Esme, ma não é uma palavra – murmurei.

– Eu sei, bobo, mas ela disse para mim. E ma deve ser a abreviação de ma-ma que é a abreviação de mãe!

– Hum... – Eu não estava entendendo muito a lógica, mas achei melhor não discutir.

– Ah, deixem de ser estraga-prazeres. Vai voltar a tocar, Edward. Eu adorei aquela música – disse Esme, mostrando a língua para nós, parecendo incrivelmente com a Alice.

– Como queira, mãe – sibilei, voltando para a sala e ao meu piano.

Então voltei a tocar a canção de ninar que sabia perfeitamente de quem era.

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Bella: onze meses

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Alice e Rosalie estava brincando com Bella no chão da sala. Eu estava lendo um livro, no sofá, mas na verdade as observava. Emmett e Jasper faziam a mesma coisa ao meu lado.

Emmett tinha uma careta muito estranha em seu rosto, mas eu sabia muito bem o porquê. Ele queria brincar também, mas Rose tinha dito que era um momento de garotas e que ele teria que ficar de fora.

Jasper sorria. Ele podia sentir a alegria que todas emanavam, especialmente Bella, e não tinha como ficar triste.

Eu nem sei por que assistia. Eu simplesmente gostava de ver Bella brincando, como se fosse uma garota normal em uma família normal.

Acontece que há poucas semanas uma nova preocupação me tomara. Bella estava crescendo com vampiros.

Ela podia sentir que éramos diferentes, ou achava os humanos os estranhos? Eu ainda não podia ler a sua mente – algo que esperava que mudasse quando ela ficasse mais velha –, mas podia ver através de Jasper o seu desconforto quando entrou em contato com um humano pela primeira vez.

Carlisle precisou levar ela ao hospital, para tomar uma vacina que ela não podia tomar em casa (as outras ele havia trazido para ela) e eu e Jasper fomos juntos para acalmá-la. Jasper por causa de seu poder, eu... bom, Alice disse para eu ir porque seria útil e achei melhor não contrariar a baixinha.

Nós estávamos esperando sua vez na fila (era somente um dia de vacinação, então todas as crianças de Nashville estavam lá; ou seja, tinham umas 200 crianças de todas as idades correndo de um lado para o outro, ou chorando no colo dos pais, ou dormindo – como era o caso de Bella (por influência de Jasper).

Eu podia sentir várias pessoas olhando para nós quando Jasper entrou com Bella em seus braços (assim ele podia ter mais poder). Ouvi várias pessoas se perguntando se era filha dele, mas logo descartando a opção por causa dos cabelos escuros de Bella.

Mas então alguém lembrou os outros de que Alice tinha cabelos escuros, e não era segredo para ninguém que os dois estavam juntos, então voltaram as especulações.

– Eles são chatos, não? – perguntou Jasper quando um casal ficou encarando desvergonhadamente por uns bons dez minutos.

– Você tem sorte que não tem que ouvir os pensamentos deles – sussurrei em resposta.

– Tá, você ganhou.

Carlisle não demorou muito para chamar Bella – ele tinha posto ela na frente da fila – e eu tive que acordá-la.

Ela passou para o meu colo de bom grado, e então segui com ela para a enfermaria.

Lá uma enfermeira de idade pediu para que eu lhe entrega-se Bella para dar a vacina, e Bella fez uma careta quando passou para os braços da senhora.

– O que foi, lindinha? – perguntou a enfermeira, mas o lábio inferior de Bella começou a tremer e eu logo a peguei de volta no meu colo.

– Desculpe por isso. Ela não gosta de estranhos – desculpei-me, mas a enfermeira fez um gesto de deixa-pra-lá e perguntou se eu podia segurar Bella para Carlisle dar a vacina.

Depois disso, Bella nunca mais ficou no colo de um humano.

Mas então, alguns dias depois, Rosalie estava mexendo no meu carro para deixá-lo mais rápido e eu estava encostado na parede da garagem, cuidando para ver se ela não iria aprontar nada em vingança.

Ela ainda não aceitava que a Bella gostava mais de mim do que dela.

Foi então que eu ouvi um barulho na sala, de alguém caindo no chão, e eu e Rose corremos para lá imediatamente.

Bella estava sentada no chão, olhando para os lados como se não entendesse o que havia acontecido, e Emmett e Alice estavam no topo da escada, a encarando abismados.

– O que aconteceu? – Rose tirou as palavras da minha boca.

– Eu acho que ela está tentando andar sozinha – murmurou Alice, extasiada. Nas últimas semanas ela e Rose tinham se revesado para ajudar Bella a caminhar, mesmo que fosse segurando suas minúsculas mãozinhas.

– Por quê? – perguntou Emmett, olhando para Bella, que por sua vez olhava para mim.

Então ela engatinhou até o sofá, se levantou apoiando-se nele e foi se segurando até chegar bem perto de mim e Rose, sem nunca parar de me olhar.

Ela soltou as mãozinhas lentamente, como se testasse seu equilíbrio, e então andou em nossa direção.

Ela abriu os bracinhos para mim, e eu a peguei no colo imediatamente, apesar de ainda estar boquiaberto.

– Ela acabou de... – começou Rose.

– Sim – completou Emmett.

– Eu não acredito que não filmei! – exclamou Alice, parando a minha frente. – Você queria falar com o Edward, Bellinha?

Bella olhou para ela, sem saber o que fazer. Ela estava ocupada demais brincando com o meu cabelo, algo que descobrirmos ser um dos seus passatempos preferidos.

Alice olhou para mim, então para Bella, e então gritou:

– ESME! A BELLA APRENDEU A ANDAR!



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 4


Olá pessoal!
desculpe a demora, era pra eu ter postado ontem esse capítulo mais realmente não deu =/
mais aqui está ele \õ/
a cada capítulo que passa ela vai ficando mais fofa e o Edward fica menos marrento xP
boa leitura a todos ;*

Capítulo 4

O dia do meu limite chegou, e eu ainda não tinha chego a uma decisão. Por um lado tinha o orgulho, a vontade de cumprir minha palavra e ir embora. Admito que seria muito mais fácil sem ter que me controlar diariamente, sem ter que ficar sem respirar a maior parte do dia por causa do cheiro de Bella. Tudo bem que eu tinha passado um dia inteiro com ela, mas isso não significava que eu não tinha mais problemas com o seu sangue. Eu ainda o desejava – e muito.

Por outro lado porém, eu queria ficar. Ter Bella em casa, por ser um bebê humano, não era mais tão incomodo – fora seu cheiro. Eu até já tinha me acostumado a escutá-la chorar à noite, a ouvir todos os planos de Alice para o seu futuro e a aturar os pensamentos de Rosalie e Esme por causa dela. Emmett parecia ter finalmente encontrado alguém para brincar, e esses dias pegamos ele assistindo à Teletubies junto a Bella, que fazia caretas de vez em quando, como se não aprovasse muito.

Então eu não conseguia me decidir. De um lado a vontade de esquecer daquele cheiro, de me livrar dessas preocupações; do outro, a vontade de ficar com minha família.

É hoje, pensou Carlisle ao sair de casa para o hospital. Ele não sabia se iria me ver em casa quando voltasse do trabalho.

Eu olhei para a chave do meu carro do meu lado. O tanque estava cheio – cuidara disso ontem, por via dar dúvidas – e sabia que chegaria ao Alasca em um dia se quisesse – porque era para lá que eu iria, ficar com algumas amigas da família que moravam lá.

Droga, Edward, dá para se decidir? Já estou ficando com dor de cabeça, reclamou Alice, e pude ver suas visões mudando a cada segundo. Uma hora era eu junto com as Denali; na outra, eu indo para a escola com eles segundo-feira, quando começaria as aulas.

Isso é muito irritante, sabia? Eu não aguento mais meus olhos cegarem e tudo o que eu vejo é que você mudou de opinião. De novo!

Eu ri.

Ria, isso. Ria da desgraça alheia, Edward. Mas não foi você que ficou a noite inteira acordado porque a Bella não quis dormir.

Agora eu gargalhei.

– Alice, você não pode dormir – murmurei, sabendo que ela escutaria do quarto da Bella.

Metaforicamente, cabeça-oca. Mas eu podia estar fazendo coisas muito mais interessante e tive que ficar aqui cantando para ela! Por que você não me emprestas um desses CDs da Idade da Pedra que a você e a Bella misteriosamente gostam e assim ela dorme?

– Você pediu?

Argh! Como você é chato! Quer saber? Tô indo aí.

Nem tive tempo de responder antes que o furação Alice aparecesse derrubando minha porta.

– Sério, como vocês conseguem a chave? – reclamei.

– Eu roubei a do Carlisle hoje de manhã. Você estava muito ocupado mudando sua mente para me deixar irritada para perceber. Agora me dá a porcaria do CD.

– Alice, assim você vai acordar a Bella – constatei. E não deu outra; meio segundo depois ouvimos um choro invadir a casa.

– Droga – murmurou Alice. – Tô indo, Belzita! – Ela saiu do quarto.

– Belzita? – perguntei, seguindo ela.

– O Emmett que inventou. O que você esperava? Agora senta naquela cadeira e balança com ela que eu...

Alice ficou com a boca aberta enquanto Bella fechava a sua, olhando para mim.

– Fala sério. Não me diga que ela parou de chorar só de te ver?

Eu não respondi, pois também não conseguia acreditar. Não, não era isso. Alguma outra coisa, certamente.

Saí daqui, Edward. Quero fazer um teste, pediu Alice, e eu saí do quarto, confuso demais para discutir.

Pouco depois Bella voltou a chorar.

– Eu não acredito! Por que eu não pensei nisso antes? Edward, vem aqui. Agora – exclamou Alice, e achei melhor obedecer.

– Sim?

– Pega a Bella e balança com ela naquela cadeira ali – Alice pediu – ou melhor, comandou.

– Como?

Ela revirou os olhos impacientes e colocou Bella nos meus braços. Prendi a respiração. Fiquei surpreso ao perceber que mesmo que ela tivesse crescido alguns centímetros ainda cabia perfeitamente neles.

– Agora senta ali – mandou Alice, me empurrando em direção a cadeira de balanço. Eu sentei ali, preferindo não contrariar a criatura, e então Alice foi para trás da cadeira e começou a balançar ela.

– Faça assim – pediu.

Eu fiquei balançando Bella por no máximo um minuto antes que ela voltasse a um sono tranquilo e suave.

– Incrível. Você acalma ela. Edward, está decidido. Você não vai embora nem que eu tenha que pedir para o Jasper e o Emmett te segurarem.

– Alice, você sabe que eu mal consigo respirar perto dela, não é? – perguntei com o resto de fôlego que me restava.

– Você vai ter que se acostumar com isso. Ela vai ficar com a gente – disse Alice, e só não me levantei num salto porque lembrei que Bella ainda dormia em meus braços.

– Como assim? – exclamei com a voz baixa, para não acordar Bella. – Ela vai ficar aqui? Vocês não iam arranjar outra casa para ela.

– Íamos, mas eu vou conversar com o Carlisle hoje dizendo que ela vai ficar. Eu amo ela, Edward, e a quero perto de mim. Eu sinto que vamos ser melhores amigas quando ela crescer. Você nem ninguém vai me afastar dela. – Alice cruzou os braços decidida.

– O que está acontecendo aq... – Emmett parou na porta do quarto, me olhando assombrado. – O que o Edward está fazendo com a Belzita? – perguntou.

– Ele acalma ela, Emmett. Foi só ele entrar nesse quarto e ela parou de chorar! Dá para acreditar? Você tem que me ajudar a convencê-lo a ficar! – implorou Alice.

– COMO É QUE É? – gritou Emmett, e Alice e eu sibilamos “shiu” quando Bella se mexeu no meu colo. – Como é que é? Ele acalma ela? Nem a anã aqui faz isso, e olha que ela fica cantando com essa voz de fada a noite inteira às vezes! – exclamou ele apesar de sussurrar, sua voz ainda forte, como se estivesse gritando em voz baixa.

– É aí que quero chegar. O Edward tem que ficar – concluiu Alice, sorrindo vitoriosa.

– Não vão perguntar minha opinião? – perguntei.

– Não – responderam em uníssono.

Bufei, e percebi pela começar a se mexer nos meus braços. Seus olhinhos castanhos se abriram lentamente, e quando ela me viu sua boca estremeceu um pouco antes de se abrir completamente, num...

– Ela está... sorrindo? – perguntou Alice, estupefata, o queixo caído.

– Eu acho que sim – concordou Emmett, igualmente boquiaberto.

Eu não falei nada. Apenas acompanhei enquanto Bella sorria ainda mais, levantava a mãozinha minúscula e agarrava novamente meu cabelo. Ela sorriu mais ainda.

Não tive como não retribuir. Sorri também.

– Você vai ficar – afirmou Alice. Eu podia ouvir o sorriso em sua voz.

Apenas assenti.


domingo, 10 de janeiro de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 3



Hey people!
mais um domingo de 2010, e mais um capítulo da nossa fic mega fofaa *o*
espero que gostem!
boa leitura a todos ;*



Capítulo 3

Eles ainda tinham dois dias. Eu não devia estar preocupado. Eles iam achar alguém nesse tempo. Não é?

Ah, quem eu estava enganando! É claro que eles não iam acham alguém para ficar com a coisa em apenas dois dias. E isso significava que eu teria que ir embora.

Os últimos dias não foram tão ruins. Alice pareceu finalmente perceber que eu não queria nada a ver com a Bella, e parara de me encher para brincar com ela ou simplesmente segurá-la. Eu passava boa parte do tempo no meu quarto, ouvindo música ou lendo livros, normalmente sem respirar. Apesar de já ter me acostumado um pouco com o cheiro dela, ainda me incomodava, e era mais fácil simplesmente não respirar do que ficar me controlando.

Rosalie estava vivendo o papel de mãe que sempre quis. Embora não tivesse o estereotipo normal, ela cuidava da coisa como se fosse dela, apenas se irritando quando o Emmett dava mais atenção a Bella do que a ela.

Jasper era indiferente. Eu sabia que ele também não estava confortável com um humano morando com a gente, mas ele se controlava melhor do que eu. Até porque Bella não era nem um décimo tão tentadora para ele do que era para mim.

Alice, como premeditado, estava se divertindo com a sua Barbie particular. A coisa somente usava roupas das melhores marcas, sempre combinando impecavelmente – pelo menos pela mente de Alice – e nunca repetia uma roupa sequer. Ou sapato.

E ela ainda nem tinha dois meses de vida.

Se eu fosse ela estaria com medo de Alice quando fizesse nove, dez anos... Nessa época ela já poderia usar roupas de grife que não fosse da sessão infantil.

Não é difícil imaginar de quem é a culpa por eu saber disso.

– Edward?

Eu olhei para a porta do meu quarto, e encontrei Esme sorrindo para mim hesitante, segurando a chave de Carlisle em sua mão. Eu ri e falei para que ela entrasse.

– Então, querido, eu e Carlisle estávamos conversando hoje e ele me contou sobre os seus planos de ir embora caso a Bella continue aqui... – começou ela, e eu vi tristeza em seus olhos. – Nós não vamos conseguir uma casa para ela em tão pouco tempo, mas eu não queria que você partisse. Todos vão sentir a sua falta.

– Eu sei, mãe, mas é difícil com ela aqui. Eu passo a maior parte do tempo sem ao menos respirar, para não sentir o seu cheiro.

– Querido, eu sei, mas pense sobre isso, está bem? Eu não quero que você vá embora.

Eu assenti, e ela sorriu tristemente mais uma vez antes de sair. Eu podia escutar os pensamentos de todo mundo lá na sala, todos voltados para mim. Parece que eles tinham planejado isso.

Será que Alice não me viu partindo? Mas ela nunca falha em sua visões... Bom, quase nunca. Aquelas que ela teve com a coisa nunca iriam acontecer, porque ela provavelmente não iria continuar aqui até ser uma adolescente

Certo?

Certo?

– Eddie! – cantarolou Alice, se sentando ao meu lado no meu sofá. – Quero te pedir um favor...

– Que foi, Alice?

– Eu preciso de um carro! O Carlisle disse que não empresta o dele de maneira alguma, porque ele disse que eu sou muito estabanada e vou acabar me distraindo com uma loja de roupas e batendo ele e a Rose tá fazendo alguma coisa no jipe do Emm que eu não entendo e não me deixou pegar o conversível dela emprestado porque ela acabou de retocar a pintura. Só sobra o seu Volvo...

– Alice, por que você não compra um carro para você? – perguntei tentando não rir.

– Nunca achei nenhum que gostasse. Então, você me empresta? – Ela fez sua cara de cachorro perdido. Isso não era bom.

– Por quê?

– Eu preciso ir para Seattle, urgentemente.

– Por quê? – repeti.

– Ah!, que cara chato! Tá, é que a Bella está ficando sem roupas de novo e eu preciso comprar alguma coisa decente para ela, e não vou encontrar isso em Port Angeles.

– Por que a Rose não pode ir mesmo? – Eu já sabia onde ela queria chegar sem nem ler sua mente. O que não ajudava muito, já que ela só pensava em que lojas iria e que roupas compraria em Seattle.

– Porque ela acabou de retocar a pintura do carro dela! Para de se fingir de esquecido que eu sei que você não é. Agora, por favor, por favorzinho, me empresta o seu Volvo?

– Eu dirigo.

– Ah, Eddie! Eu te amo!

– Então pare de me chamar de Eddie.

– Eddiezinho?

– Que tal o meu nome? Edward?

– Tá. Mas nos saímos amanhã às cinco, então esteja pronto.

Era realmente muito bom que eu não pudesse dormir.

.

.

.

Dez para as cinco e eu já estava parado a frente do meu carro, esperando minha hiperativa irmã com a coisa que ela chamava de Bella.

Cinco em ponto Alice chegou trazendo a coisa nos braços, que estava levemente acordada. Alice soria alegremente, apesar de em sua mente apenas pensar novamente nas roupas que iriam encontrar lá.

– Vamos logo, Edward, que eu quero chegar em Seattle antes das oito. Assim tenho tempo de escolher uma loja antes que ela abra.

Eu nem respondi. Só entrei no carro e assisti enquanto ela colocava uma cadeira de bebê para carro no banco traseiro do meu carro e colocava a coisa nele. Depois entrou pela porta do passageiro, e eu liguei o carro antes que pudesse falar qualquer coisa.

– Ah, Eddie, troca de música! Eu não gosto de clássicos – reclamou Alice logo que saímos da garagem, mexendo no meu som. Ela tirou do CD de Debussy que estava tocando e colocou na rádio, onde começou a tocar uma música nova da Lady Gaga.

– Ah, eu amo ela! – exclamou ela, repetindo a frase que Emmett falava toda vez que escutava uma música da Lady Gaga, ou da Britney, ou da Beyoncé.

Resolvi não discutir, sabendo que seria inútil, mas um choro fez com que Alice parasse de cantar Bad Romance e se voltasse para a coisa.

O que foi, Bellinha? – perguntou numa voz infantil irritante.

A coisa obviamente não respondeu, mas eu entendi o que ela queria. Coloquei novamente meu CD de música clássica e o choro sessou em segundos.

– Edward! Assim ela vai ficar com mal gosto musical! – reclamou Alice, esticando a mão para o som.

– Alice, música agitava não faz bem para as crianças. E eu não acho que ela tenha um mal gosto musical. Clair de Lune é ótima.

Ela bufou e ficou o resto do caminho encarando a paisagem. Mas quando chegamos a Seattle pareceu esquecer que estava brava com nós dois, pois logo começou nos arrastar de loja em loja, ela e Bella provando todas as roupas possível e imagináveis.

Acho que foi nesse dia que a coisa passou a ser Bella para mim.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 2


Olá pessoal!
demorou um pouquinho, mais aqui está o capítulo dois da nossa fic *-*
acho ela a coisa mais meiga do mundo, mandou bem Caroline! \õ/
vou fazer o máximo pra não atrasar as postagens dos capítulos aqui ;)
boa leitura a todos ;*

Capítulo 2

Depois da minha inútil caçada, na qual cacei mais que o normal, voltei para casa para me trancar no meu quarto e nunca sair.

Uma semana que aquela coisa estava lá em casa e Alice já tinha feito o seu quarto. Na verdade ela terminou ele em dois dias, mas tudo bem.

Ela usou uma sala vazia na frente do meu quarto para fazer o quarto.

E me arrastou para ajudar a montá-lo. Essa foi a única vez que sai do meu quarto naquela semana.

As paredes eram cor-de-rosa bebê, com todos os móveis brancos. Um berço enorme ficava a parede, perto da janela, e já haviam milhares de bichinhos de pelúcia por todo canto. Ela colocou uma cadeira de balanço em outro canto, esta apontada direto para o berço.

E na primeira noite que a coisa se mudou para lá já começou a chorar.

Mas esse não era o principal problema. A questão era o seu cheiro.

Eu achei que com o tempo iria me acostumar com o seu efeito, mas longe disso. Cada dia mais eu me sentia cada vez mais tentado a drenar todo o seu sangue.

Eu tentava não pensar muito nisso; na verdade eu nem respirava na maior parte do tempo, já que não precisava falar com ninguém estando trancado no meu quarto o tempo todo.

Mas, com o tempo, já estava entediado. Já tinha escutado todos os meus CDs preferidos dez vezes no mínimo cada, e já tinha lido todos os livros de Carlisle que gostava, que peguei antes de me trancar no meu refúgio.

Eu não tinha mais nada para fazer, além de encarar a parede do meu quarto.

Olha como ela está lindinha..., chegou o pensamento de Alice até a mim sem que pedisse, e com isso mais cinco vozes entraram na minha cabeça. Carlisle devia estar no hospital, mas por que eu não ouvia a cabeça da coisa?

Não tinha percebido isso ainda, mas eu não conseguia ouvir seus pensamentos. Será que era por que ela era um bebê e não tinha pensamentos formados ainda? Mas isso nunca tinha me acontecido antes.

Eu estava tão perdido em minhas especulações que nem escutei Alice abrindo a porta do meu quarto com um grampo de cabelo e entrando lá, trazendo a coisa junto. Ela estava usando um vestido rosa que me lembrava muito bem a cortina do banheiro da Alice.

– Alice? – perguntei hesitante quando a vi parada na porta, sorrindo demonicamente.

– Quero que você conheça a Isabella, Edward! Já faz uma semana que ela está aqui! Mas vamos chamá-la de Bella, pois quando crescer ela irá preferir assim. Diga oi, Bella. – Ela falou a última parte com um estúpida voz de bebê, e pegou a mãozinha minúscula de Bella e acenou para mim.

Ugh. A coisa tem nome?

– Diga oi Edward – Alice pediu, ou seria ordenou.

– Olá, Bella.

– Ai, seu chato. Vamos, segure ela. Duvido que você não se apaixone por ela imediatamente.

– Eu não vou...

Mas era tarde demais. Alice já tinha posto aquela coisa nos meus braços. Eu parei de respirar.

– Cabe perfeitamente... – murmurou Alice, encarando meus braços ao redor do minúsculo corpo da coisa.

Mas Alice tinha razão. A coisa estava encaixada perfeitamente nos meus braços, como se fosse ali que ela devesse estar.

– Será... – começou Alice, e eu busquei pelos seus pensamentos. Quando percebeu o que eu estava fazendo ela logo começou a cantar Circus da Britney Spears.

– Alice...

– Nada! Se divirtam! Eu vou fazer compras! – disse ela, e saiu do quarto, me deixando com a coisa ali. Ela estava esticando seu bracinho, tentando alcançar meu cabelo.

– Você não vai conseguir – murmurei, me levantando para ir atrás de alguém que pudesse ficar com a coisa.

Me surpreendi ao andar devagar enquanto descia as escadas, inconscientemente fazendo isso para não derrubar a coisa. Até parece que eu iria derrubar ela.

Era mais perigoso eu morder seu pescoço a qualquer segundo.

E quando estava quase na sala a coisa conseguiu pegar o meu cabelo, não sei como. E ficou brincando com ele.

– Ai que lindo. O Ed tem uma nova amiguinha – disse Emmett do sofá da sala, onde estava assistindo a um jogo de beisebol com o Jasper.

– Cala a boca, Emmett. Foi a Alice que abandonou essa cois... ela comigo.

– Que feio, Eddiezinho. Não chame a Bells de coisa. Ela é muito fofa para isso – resmungou ele, arrancando a coisa dos meus braços.

– Bells? Você já deu um apelido para ela? – perguntei, sem me importar em reclamar por ele ter me chamado de Eddiezinho. Com o Emmett era inútil.

– É melhor que coisa.

– Gente, dá para calar a boca? Tô tentando assistir ao jogo – pediu Jasper.

.

.

.

Quando Alice voltou para casa à noite, junto com Rosalie e Esme, elas carregaram tudo o que compraram – com ajuda de Emmett, Jasper e Carlisle – para o quarto da coisa. Eu me tranquei no meu quarto, e desta vez eles não me chamarem – graças a Deus.

Foi perto das oito da noite que senti um cheiro estranho no ar, e percebi, assustado, que ela Esme com Rosalie preparando leite para a coisa.

– Edward? – chamou Carlisle, da porta do meu quarto, e eu tirei os olhos de um livro técnico de medicina para olhá-lo.

Conversei com o pessoal do hospital, e ninguém pode ficar com ela, mas amanhã irei inscrevê-la num programa de adoção. Elas não irão me deixar colocá-la num orfanato, pensou ele. Com o elas, sabia que ele se referia a Rosalie, Alice e Esme. Elas babavam a cada gesto que a coisa fazia.

Eu assenti, para mostrar que tinha entendido, e ele desceu as escadas até a cozinha. Eu voltei ao meu livro, sem realmente ler, até que outra pessoa abriu a porta do meu quarto.

Não era só o Carlisle quem tinha a chave, tirando eu?

– Com licença, Eddie – disse Emmett, entrando no meu quarto e mexendo nos meus CDs, sem explicar.

– Hum... Emmett, o que você está fazendo? – perguntei.

– Procurando alguma coisa para tocar para a Bella. Não acho que ela vá gostar de rock, nem heavy metal. Alguma sugestão?

– Você não vai usar os meus CDs para distrair a coisa? – perguntei incrédulo.

– Não a chame de coisa! – exclamou ele. – Se você ao menos se desse ao trabalho de conhecer ela, ela iria te conquistar. Eu aposto quinhentos dólares nisso. – Ele estendeu a mão, mas eu só olhei para ele.

– Emmett, eu não vou apostar com você uma besteira dessa. Mesmo se eu quisesse ficar perto daquela coisa, o que eu não quero, eu não poderia. Você lembra aquela vez, que você não resistiu? É pior para mim. Muito pior. Como você acha que eu posso ficar perto dela, respirar perto dela assim?

– Então você não odeia ela. Você só está preocupado. – Ele sorriu triunfante por algum motivo que me era desconhecido. Seus pensamentos não revelavam nada.

– Não, eu a odeio por existir. Se não fosse ela, tudo ainda estaria normal. Daqui a duas semanas nós iríamos começar o ensino médio de novo, e não teria uma coisa em casa para atrapalhar. Eu poderia circular pela casa, sem precisar ficar trancado no meu quarto. Eu não precisaria ter caçado três leões da montanha e cinco cervos aquele dia para não me sentir tentado a matá-la. Tudo estaria como sempre.

– Ela não tem culpa de nada. Ela não escolheu ser adotada por vampiros.

– Ela não vai ser adotada por vampiros! Ela não vai ficar! – explodi.

– Ah, ela vai sim – disse Rosalie, entrando no quarto e se postando ao lado do marido.

– Não vai. Já falei com Carlisle. Vocês têm um mês e três semanas para encontrar algum lugar para ela ou eu vou embora. Vou morar com os Denali.

– Então vá! Você não vai aguentar ficar longe de casa! – gritou Rosalie.

– Você não é vidente para saber disso.

– Mas eu sou, e eu sei que você vai voltar, querendo ou não – disse Alice, aparecendo na porta.

– O que todo mundo está fazendo do meu quarto? E como você conseguiu a chave? – perguntei a última a Emmett.

– Eu peguei a do Carlisle. Ele deixou em cima da mesa dele.

– Dá para todo mundo sair? – gritei.

– Calma, Edward – pediu Jasper, e comecei a me sentir mais calmo.

– Jasper, pare.

– Não. Se acalme.

– Eu só vou me acalmar quando aquela coisa for embora – sibilei, e ele suspirou derrotado, indo embora.

– Edward, você não percebe que é difícil para ele também? Ela é humana, e ele não está acostumado a conviver com eles o tempo todo – disse Alice.

– Não é a mesma coisa. Se ela cheirasse tão bem para vocês como cheira para mim aposto que ela não estaria mais aqui. Nós estaríamos lutando por ela.

– Deixem ele se acalmar – pediu Esme, lá de baixo, e eles suspiraram antes de sair. Emmett levou meu CD do Debussy consigo.

– Se quebrar, você vai comprar um novo! – gritei antes de fechar a porta do meu quarto.

Eu realmente só vivia com loucos.