domingo, 28 de março de 2010

Fanfic: Baby Bella - Capítulo 13



Oi gente!
Hoje eu vou adiantar 1 capítulo, por que semana que vem não vou poder postar aqui, então será capítulo 13 e 14 okay?
boa leitura a todos ;*

Capítulo 13

Uma semana depois

(Bella Swan)

– Alice, eu estou confusa – murmurei ao me sentar na cama da minha melhor amiga.

– Diga, Bella – disse ela, sorrindo daquele jeito de fada de sempre.

– Mas você já sabe!

– Diga. Vai fazer bem. Você precisa organizar seus pensamentos... Talvez eu devesse te dar um diário...

– Alice!

– Ah, desculpa. Esqueci que você quer aproveitar que os outros foram caçar para falar comigo. Bom, pode dizer.

– Bem... Você sabe que eu passo um tempão com o Jake, né? E por causa disso o Edward tá... não sei, mas parece que ele está me evitando. Já é a terceira vez que ele sai para caçar só nesta semana, e eu posso não ser uma vampira, mas eu sei que vocês não precisam caçar tanto assim... E eu acho que o Jake tá gostando de mim, sabe?, mas eu não sei se gosto dele assim... Ele é divertido, simpático... mas é como se algo me impedisse... Eu só não sei o que é esse algo... Ah, você sabe o resto. Me ajuda, vai!

– Bella, eu não posso te ajudar nisso. – Eu fiz uma carranca. – Bella, eu vejo o futuro, não construo ele.

– Então me diga o que você vê! Eu sei que você mostrou uma das suas visões para o Edward, que ele quase deixou escapar esses dias...

Eddie, no que você tá pensando tanto? – perguntei, vendo que ele estava distante.

Numa visão que a Alice me... Não é nada. Vamos voltar para a Segunda Guerra.

– Ele estava pensando nisso? – Alice pareceu radiante.

– Sim. Mas o que isso...

– Eu não acredito. Ele realmente estava pensando nisso! Como eu não previ! Acho que no final tudo vai ficar bem! Ah, eu...

– ALICE!

– Ah, desculpe Bella. Me empolguei.

– Percebe-se.

– Mas, então, o que...

– Pode parar. O que era essa visão para você ficar tão animada?

– Ele vai me comprar um carro novo de Natal – disse ela depressa.

– Ah, vai nada. Eu sei o que ele vai te dar Natal, assim como você, e não tem nada a ver com automóveis. Me diz, vai!

– Não, Bella. Se ela acontecer, eu te digo. Mas agora não. Pode influenciar o futuro, e ele pode nunca acontecer.

– Mas Alice!

– Não, Bella. Eu não vou dizer. Agora, vamos voltar ao caso Bella-Jacob.

– Não tem nenhum caso Bella-Jacob! Isso não existe! Nós somos só amigos! Quer dizer, eu conheço o Jake a uma semana, mas é como se ele fosse meu melhor amigo e...

– Eu achava que o Edward era seu melhor amigo.

– Ele era... Não, ele é.... Eu tenho dois melhores amigos.

– Bella...

Eu bufei.

– Você só está me confundindo mais! Como que eu vou poder diferenciar os dois? Melhor amigo um e melhor amigo dois? Isso não vai funcionar! Que tal melhor amigo de infância e melhor amigo de adolescência? Isso pode funcionar também e...

Só então percebi que Alice não estava mais me escutando. Seus olhos estavam vidrados e ela estava rígida. Ela estava tendo uma visão.

Um sorriso apareceu nos seus lábios conforme a visão acontecia, e quando ela voltou a sim – juro por Deus, nunca a vi tão feliz. Nunca.

– Eu. Não. Acredito! – Ela levantou da cama, pulando.

– Alice! Que foi? Vamos ganhar na loteria?

– Nada disso! É... É esplendido! Maravilhoso! Perfeito! Magnífico! Extraordiná...

– Alice, eu sei que você é um dicionário ambulante, mas já deu para entender que o que vai acontecer é ótimo. Agora, o que é?

– Nana-nina-não! Não vou contar! Agora, que tal você convidar o Edward para um passeio? Eu tenho coisas para fazer!

– Alice, o que...

Mas ela já tinha me expulsado do quarto.

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(Edward Cullen)

Alice vai aprontar alguma coisa. Não sei por quê, mas isso era tudo no que eu pensava durante a caçada. Uma pequena parte de mim sabia que eu pensava nisso para me impedir de pensar naquela outra coisa, que estava me incomodando desde a festa a fantasia que teve no colégio e aquele índio apareceu e roubou a Bella de mim. Mas eu prometi a mim mesmo que não ia pensar nisso, e vou cumprir minha promessa.

Quando todos estávamos bem alimentados voltamos para casa, e encontramos Bella sentada na frente de casa, lendo um livro, entediada.

– Querida, o que aconteceu? – perguntou Esme.

– Ah, a Alice me expulsou de casa. Ela disse que não posso entrar até às nove horas. Nem o Edward.

– O quê? – perguntei, procurando a mente de Alice, mas ela estava muito ocupada cantando Bad Romance, da Lady Gaga, para pensar no porque de me expulsar da minha própria casa.

– É, mas os outros podem entrar tranquilamente, desde que nós dois estejamos a... como ela disse? Ah, sim. "Uma distância segura para que o Edward não possa dar uma de metido como sempre e leia a mente de qualquer um, estragando a minha maravilhosa surpresa."

– E ela te deixou aqui para fora?

– É. E me deu um livro. E disse que se eu tentar entrar ela vai me obrigar a viajar para Paris com ela e nos levar a uma das lojas que ela tanto gosta. É claro que eu fiquei aqui fora.

– Ela não pode fazer isso...

– Jasper! – cantarolou Alice lá de dentro, que soou mais como uma "Ja-as-per". Agora ela cantava 3, da Britney Spers. Eu nunca entendi o gosto musical dela.

– Acho que é melhor entrarmos, e ver o que ela está aprontando. Edward, você se importa?

Meu olhar cruzou o de Bella, e eu soube imediatamente que ela estava magoada comigo. Claro, eu vinha fugindo dela a semana inteira. Seria estranho se não estivesse.

– Quer dar uma volta? – perguntei gentilmente, planejando explicar o porquê do meu comportamento. Claro, primeiro eu teria de entendê-lo por mim mesmo, mas depois eu explicaria para ela.

– Claro. – Ela fechou o livro, deixando na escada, e me seguiu até a garagem.

– Vamos, eu vou te mostrar um lugar.

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Parei na frente da floresta alguns minutos depois.

– Sério, eu não entendo essa sua obsessão por alta velocidade – sibilou Bella.

– É coisa de vampiro.

– Pois eu não vejo problema nenhum em obedecer as leis de trânsito.

– Vamos, Bella. Essa deve ser a... trigésima vez que discutimos isso.

– Tá, mas eu ainda continuo achando que você não iria morrer se dirigisse a 60km/h como todo ser humano normal.

– Acontece que eu não sou um ser humano, Bella.

Ela bufou, e saiu do carro. Eu a segui.

– Tá, posso saber por que você me trouxe para uma floresta, sendo que temos uma há poucos metros da porta da frente?

Ok, ela estava estressada. Era melhor ir com calma.

– O que eu quero lhe mostrar está dentro da floresta, Bella.

– Ah, é claro. Então, vamos seguir a trilha?

– Não.

– Então como...

– Só segure firme.

Eu a coloquei nas minhas costas, e comecei a correr. Bella escondeu o rosto no meu pescoço, como costumava fazer quando era pequena e nós brincávamos desta forma. Em poucos minutos chegamos a minha clareira.

– Pronto, Bella.

Ela soltou-se devagar, e percebi que ela tremia.

– O que foi?

– Você não faz isso comigo desde que eu tinha doze anos – murmurou ela, e percebi que tentava esconder um sorriso.

– Bom, você é um pouco lerda andando. E eu queria chegar logo.

– Bobo. – Ela bateu de leve no meu braço, provavelmente para não quebrar a mão, e então olhou a nossa volta. – Uau!

– Gostou?

– É... Maravilhosa!

– É aqui que eu venho... quando sumo às vezes.

– Quando diz que vai caçar?

– Bem... É.

– Eu estranhei, sabe... Eu convivo com vampiros há 16 anos, e nunca tinha ouvido falar que vocês precisavam caçar três vezes por semana...

Ela se sentou, olhando para mim, e me sentei ao lado dela.

– Bem, eu precisava pensar, e tinha que ser num lugar onde ninguém me incomodasse.

– Um lugar onde ninguém o incomodasse? – repetiu ela, erguendo as sobrancelhas. – Você não quer dizer um lugar onde certo alguém não o incomodasse?

Eu fiquei surpreso. Bella não era de falar assim. Ela devia realmente estar irritada comigo.

– Isso não tem nada a ver, Bella – murmurei, olhando para a frente.

– Por que você não gosta do Jake?

– Quem disse que eu não gosto do Black?

– Edward... Tá na sua cara.

Droga.

– Bem, é que eu não tenho uma sensação boa. Já te contei o que eu acho do pessoal de La Push...

– O Jake não acredita nessas coisas!

– Como você sabe?

– Bem... Ah...

– Você não perguntou. Talvez ele acredite, talvez não. Mas prefiro não arriscar.

– Mas como eu poderia perguntar? "Ei, Jake, sabe, eu estava pensando. Você acredita nessas lendas sobre vampiros e lobisomens que eles contam na sua tribo? É que eu moro com vampiros, e prefiro que você não odeio eles, ok?"

– Bella, pare de falar bobagem. É só que eu não confio nele. E se ele virar um lobisomem perto de você?

– Quais as chances dele ser um deles, hein?

– Muitas.

Essa não era a resposta que ela esperava, obviamente. Tanto é que ficou me encarando por um bom tempo, talvez tentando descobrir se eu estava falando a verdade ou somente estava irritado.

– Você nunca mente para mim, não é? – perguntou ela, e eu assenti. – Essa é a única razão para você não gostar do Jacob?

Ela mordeu o lábio, mas eu vi isso pela minha visão periférica. Eu não queria estar olhando para ela quando disse:

– Sim, é.

E eu sabia que era a mentira mais deslavada que eu já tinha contado em toda a minha vida.

-

-

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(Bella Swan)

Eu admito: tinha esperanças. Tinha esperanças de que o Edward estivesse com ciúmes. Tinha esperanças que ele gostasse de mim não como a irmãzinha mais nova dele, mas como uma mulher, uma mulher que ele pudesse amar.

Como sempre, eu estava errada.

Nós não nos falamos no caminho de volta para casa, cada um perdido nos seus próprios pensamentos. Eu não sabia o que o Edward estava pensando (o leitor de mentes aqui era ele) mas eu estava tentando imaginar outras respostas que ele poderia ter dado para aquela pergunta.

– Não, Bella. Não é. Eu odeio ele porque você passa tanto tempo com ele. Eu queria que você só ficasse comigo, só amasse a mim. – Então ele me beijaria e eu diria que também amava ele.

Porque sim, eu amava o Edward. Oh, como amava. Acho que sempre amei, mas nunca tinha percebido. Acho que sempre soube que ele seria o cara para mim. Eu só queria também ser a garota certa que ele estava esperando.

Alice – Edward praticamente rosnou ao estacionar o carro, e eu o olhei, intrigada.

– O que foi? – perguntei quando ele não me olhou para ver minha confusão.

– Ela resolveu dar uma festa.

– Ela O QUÊ?

– Isso mesmo. Metade de Forks está na sala de estar agora, dançando música eletrônica. E alguns de La Push também.

Ele franziu os lábios, e eu sabia que ele queria dizer Jacob.

– Você poderia matar a Alice por mim? Eu não sou tão forte.

– Ela iria prever. Temos de pensar num plano. Por enquanto, aproveite a festa.

– Você não vem?

– Talvez.

Ele não aparentava ter vontade de sair do carro, mas eu queria ter uma conversa séria com uma certa vampira, então segui para dentro de casa. Alice estava na cozinha, sentada à mesa, tentando sem sucesso esconder um sorriso.

– Pode ir se explicando – exigi, cruzando os braços.

– Ah, não. Primeiro a festa. Depois explicação. Vá. O Jacob quer te ver.

Eu levantei as sobrancelhas, mas ela apenas sorriu. Resolvi ver o que ela queria dizer.

Jake estava sentado num dos nossos sofás, juntos com um garoto que reconheci como Quil, um amigo dele de La Push. Eles estavam claramente desconfortáveis.

– Hey Jake! – cumprimentei, me sentando ao seu lado.

– Ah, apareceu. – Ele sorriu, e Quil se levantou, indo atrás de comida.

– Então, como foi o passeio? – perguntou Jake.

– Tranquilo. A Alice só nos queria fora de casa.

– Por que isso?

– Ela sabe da minha aversão à festas.

– Ah, claro. Devia ter imaginado. Você não iria permitir. Mas eu estou curioso. Por que essa festa do nada?

– Essa é uma ótima pergunta, Jake. A Alice deve ter decidido hoje, se não o Edward teria... hã, teria adivinhado. – Quase falara que ele teria lido na mente dela. Droga. Quando estava com o Jake, sempre falava as coisas sem pensar.

– Bom, ela fez um bom trabalho. Acho que toda a cidade está aqui.

– Ela sabe conseguir as coisas quando quer.

– É, já percebi. Então, quer dançar?

– Ah... Eu não sei dançar.

– Ah, vamos. – Ele me puxou para a pista de dança, sem meu consentimento, e me "obrigou" a dançar com ele. Era até vergonhoso. Ambos éramos péssimos dançarinos, e Jéssica – uma garota da minha turma do colégio – estava dando um show (como Emmett diria) com o Mike.

– Sabe, eu estava pensando, Bella... Você já percebeu que sua família tem uma tendência a... hã... ficar junta?

– C-Como? – gaguejei, apesar de ter entendi exatamente o que ele tinha dito.

– Você entendeu. Todos são adotados, mas a Alice está com o Jasper, e a Rosalie com o Emmett... Você já pensou que talvez...

– Nem pense nisso – quase rosnei. Ele não podia terminar esse pensamento. Ele me perguntaria o que eu estava temendo, e o Edward leria a mente dele. Eu não podia deixar.

– Não te entendo. – Ela balançou a cabeça. – Tá na cara que...

– Se importa? – perguntou uma voz de veludo ao nosso lado, e Edward estava lá, sorrindo, estendendo a mão para mim.

Eu aceitei.


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